Justiça mantém prisão domiciliar de golpistas condenados alvos da PF

Ailton Gonçalves, Bernardo Romão e Filipe Martins são três dos oito golpistas presos no sábado (27) (Fotos: Reprodução - Redes sociais)

Decisão foi da juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino nas audiências de custódia

A Justiça decidiu manter, após audiência de custódia, a prisão domiciliar de oito golpistas que foram alvo de operação da Polícia Federal no sábado (27), depois que o ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi pego no Paraguai tentando fugir usando identidade falsa.

As audiências de custódia foram realizadas pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino.

As prisões foram decretadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a legalidade foi assinalada na audiência de custódia.

O ministro considera que a tentativa de fuga de Silvinei Vasques sinaliza a possibilidade de movimentações parecidas por parte de outros que participaram do golpe de Estado bolsonarista.

“O modus operandi da organização criminosa condenada pelo STF indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional”, escreveu Moraes em sua autorização para a operação.

Outro condenado, o ex-deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também fugiu do Brasil pela Guiana e se escondeu nos Estados Unidos.

Ficarão em prisão domiciliar e terão que usar tornozeleira eletrônica:

  • Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro;
  • Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
  • Ângelo De Nicoli, major da reserva do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
  • Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército;
  • Bernardo Romão Correa Neto, coronel do Exército.

Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, que foi utilizado pelo PL de Bolsonaro para atacar as urnas eletrônicas, não foi encontrado e é considerado foragido. Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército, se encontrava em um Estado diferente do que informara à Justiça, mas entrou em contato com as autoridades para ficar em prisão domiciliar.

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