Ex-presidente e Michelle Bolsonaro também queriam retratação. Itens dados como sumidos foram encontrados e informação foi publicizada
A Justiça do Distrito Federal rejeitou a ação apresentada por Jair Bolsonaro (PL) e ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Assim, caiu por terra a intenção do ex-presidente inelegível e da ex-primeira-dama de tentarem arrancar dinheiro e transformar em pauta política contra Lula a fala dele sobre o sumiço dos móveis do Palácio da Alvorada.
Os dois queriam retratação e indenização por Lula ter sugerido que eles foram responsáveis por levar móveis desaparecidos do Palácio da Alvorada, que foram posteriormente encontrados, e essa informação foi publicizada, a fim de encerrar e esclarecer sobre o assunto.
EXTINÇÃO DO PROCESSO
A juíza Gláucia Silva extinguiu o processo sem analisar o mérito, ou seja, sem determinar se o pedido tem ou não fundamento.
De acordo com a magistrada, a ação deveria ter sido apresentada contra a União, e não diretamente contra Lula. A intenção era pilhar Lula.
“Eventual pretensão de indenização e retratação deverá ser exercida em desfavor do Estado (União Federal)”, escreveu a magistrada na decisão.
EIS O CASO
Em janeiro de 2023, Lula sugeriu, durante café da manhã com jornalistas, que as peças que haviam sumido teriam sido levadas por Bolsonaro.
A Presidência, no entanto, informou no mês passado que encontrou os 261 itens que haviam sido dados como perdidos.
Bolsonaro e Michelle, então, em razão disso, haviam solicitado indenização de R$ 20 mil.
Os advogados também queriam retratação “na mesma proporção” do suposto “dano” que teria sido realizado.
A decisão da magistrada, em desfavor de Bolsonaro e Michelle, cuja intenção era transformar essa querela em pauta política contra Lula, e ainda de quebra, arrancar-lhe dinheiro, e por fim um pedido de retração, transformou-se em derrota política para ambos.