A Avibras tem que prestar esclarecimento aos credores sobre as negociações envolvendo a venda da empresa ao grupo australiano DefendTex, conforme a decisão do juiz Maurício Brisque Neiva, da 2ª Vara Cível da Comarca de Jacareí do Tribunal de Justiça de São Paulo, em decisão na última quarta-feira (25).
O magistrado exige que, em caráter de urgência, a empresa brasileira fabricante de equipamentos de defesa – a principal fabricante de foguetes no Brasil, mas também com expertise na área de veículos lançadores – preste os devidos esclarecimentos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), credores da empresa, sobre as “tratativas com a sociedade com a DefendTex”.
Antes da decisão judicial, BNDES e Finep já haviam informado que queriam explicações por parte da empresa. Segundo o diretor jurídico do BNDES, Walter Baère, “como o BNDES só teve acesso à operação [de venda] pela imprensa, é papel do banco criar transparência e mesmo grau de informação para todos os envolvidos. A Avibras tem o dever de dar a todos os credores habilitados no processo de recuperação judicial transparência, detalhando a operação com a DefendTex”, afirmou.
O BNDES entende que a Avibras deve apresentar aos seus credores – sejam eles trabalhadores, fornecedores, instituições de fomento – o cronograma da implementação do investimento junto à DefendTex, além das condições para a realização desse investimento e os investimentos previstos na companhia, segundo informações do portal G1.
Já a Finep, reivindica que a Avibras esclareça se houve algum outro interessado na aquisição do controle da empresa e quais foram os critérios de escolha da DefendTex.
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