Acusados de “corrupção e lavagem de dinheiro” pelo caso Odebrecht, a Justiça do Peru decidiu proibir que Jaime Yoshiyama e Augusto Bedoya, ex- dirigentes do partido Força Popular, de Keiko Fujimori, e Ricardo Briceño, ex-presidente da Confederação Nacional de Instituições Empresariais Privadas (Confiep) deixem o país até o final de setembro de 2019.
De acordo com o juiz Richard Concepción Carhuancho, a decisão tomada no último domingo foi para evitar que os acusados “saiam do país enquanto cessem as investigações”. Durante o prazo de 18 meses, ressaltou, a Justiça fará um levantamento em profundidade dos “supostos montantes ilícitos dos subornos da Odebrecht para a campanha presidencial da Força Popular em 2011”.
O pedido do impedimento foi baseado nas declarações de Jorge Barata, ex-representante da construtora brasileira no país, que afirmou ter aportado 1,2 milhão de dólares à campanha de Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori. Na avaliação da Justiça, existem suficientes elementos de convicção que vinculam os investigados com o delito de lavagem de ativos.