A Justiça de São Paulo determinou a quebra de sigilo sobre computadores do gabinete do deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (PSL), que foram utilizados para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares que romperam com Jair Bolsonaro.
As informações são da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
A quebra de sigilo está ligada à investigação sobre o “gabinete do ódio”, estrutura usada pela milícia digital bolsonarista.
Douglas Garcia é bastante próximo do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, que teve seu gabinete ligado à criação de perfis no Instagram que eram usados para a propagação de fake news e ataques a oposicionistas, após quebra de sigilo.
O e-mail eduardo.gabinetesp@gmail.com, que está registrado formalmente como sendo do gabinete de Eduardo, foi usado na criação do perfil “Bolsofeios”. De acordo com o Facebook, dono do Instagram, o IP, registro na rede, usado na criação é de dentro da Câmara dos Deputados.
Após ser apontada como fábrica de fake news e disseminação de discursos de ódio, ligada ao gabinete de Eduardo Bolsonaro, a página Bolsofeios saiu do ar.
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) já tinha adiantado, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, que o gabinete de Eduardo era parte da milícia digital bolsonarista.
Depois de atritos com Jair Bolsonaro, a deputada passou a ser atacada virtualmente, tendo até mesmo seus filhos sido ameaçados pelos bolsonaristas.