Kiev abre o jogo e diz querer fazer do Mar Negro um “Mar da Otan”

Peskov, porta-voz do Kremlin, rebateu delírio de Kuleba a serviço do expansionismo da Otan (Arquivo)

O Mar Negro nunca será dominado pelo belicismo da Otan, asseverou o porta-voz do Kremlin, ao rebater a declaração delirante e submissa a Washington do ministro do Exterior da Ucrânia

“O mar Negro nunca será um ‘mar da Otan’É um mar comum para todos os Estados costeiros que deve ser um mar de cooperação, interação e segurança. E deve ter segurança indivisível”, sublinhou o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov a repórteres, na quinta-feira (13).

A afirmação foi em resposta à declaração do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, que pediu para transformar o mar Negro em um “mar da Otan”, ao mesmo tempo em que fantasiava sobre a necessidade de sua desmilitarização.

“Chegou o momento de transformar o mar Negro no que o mar Báltico se tornou – um mar da Otan”, declarou Kuleba em uma conferência sobre segurança do Mar Negro em Bucareste, nesta quinta-feira.

Para confundir sobre as reais intenções do regime de Kiev na região, disse ainda o ministro ucraniano que “pedimos a desmilitarização do mar Negro para que países pacíficos e cumpridores da lei possam usá-lo no comércio e nas viagens”.

Prontamente a conversa mole de Kuleba foi desmontada por Peskov: “É claro que percebemos o engodo. A declaração em si é baseada em uma contradição, pois a Otan e a desmilitarização são conceitos que mutuamente se excluem”.

A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo Vladimir Putin esclareceu que seu objetivo era “proteger as pessoas que foram submetidas a abusos, genocídio pelo regime de Kiev durante oito anos”.

Ele observou que a operação especial era uma medida forçada, a Rússia “ficou sem chance de fazer o contrário, existiam tais risco de segurança que era impossível responder por outros meios”.

EXPANSIONIMSO DA OTAN CONTINUA

Segundo Putin, há 30 anos que a Rússia vem tentando chegar a um acordo com a Otan sobre os princípios de segurança na Europa, mas em resposta, enfrentou mentiras cínicas ou tentativas de pressão e chantagem, enquanto a aliança, apesar dos protestos de Moscou, está em constante expansão e se aproximando das fronteiras russas.

A Otan – aliança bélica formada na Guerra Fria “para manter os americanos dentro [da Europa]; os russos, de fora; e os alemães por baixo” – expandiu-se na terça-feira (4) para 31 membros, ao ser oficializada a anexação da Finlândia ao bloco.

A expansão faz parte do processo desencadeado sob o pretexto da propalada “ameaça russa”, por sua operação especial contra a limpeza étnica no Donbass, uma agressão em curso desde o golpe em Kiev em 2014. A operação especial russa foi deliberada depois de por oito anos com a Ucrânia sabotando a pacificação possibilitada pelos Acordos de Minsk.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia advertiu que essa nova expansão da OTAN agravou a situação de segurança no norte da Europa, que durante décadas “costumava ser uma das regiões mais estáveis ​​do mundo”.

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