Forças de Kiev bombardearam a região da central nuclear de Zaporozhia onde fica armazenado combustível nuclear, denunciou, neste domingo, 20, o Ministério de Defesa da Rússia.
Desde março passado, a usina que é a maior da Europa, tem seis reatores nucleares e uma capacidade de 6.000 megawatts está sob controle das forças russas com o objetivo de impedir que a Ucrânia se aproprie indevidamente de material radioativo ali armazenado.
Foram registrados impactos na área de armazenamento de combustível em contêineres secos, relata a Agência TASS, citando Renat Karchaa, consultor do diretor-geral da corporação estatal de energia nuclear da Rússia, Rosenergoatom, assim como na proximidade do local onde está armazenado combustível ainda não utilizado.
De acordo com dados fornecidos por Moscou, Kiev lançou pelo menos 12 mísseis de alto calibre e oito deles atingiram o bloco 5 e o pavilhão especial 2, outros três colidiram entre os blocos 4 e 5 e um impactou no telhado do pavilhão 2.
Karchaa observou que está em andamento a construção de estruturas de reforço, com paredes de concreto, enfatizando que “é uma sorte” que no momento do bombardeio “já havíamos conseguido estabelecer essas estruturas a uma altura suficiente”.
O especialista afirmou que após o bombardeio não foram registradas emissões de radiação, e que as medições na usina estão normais, porém alertou que ofensivas desse tipo podem causar contaminação nuclear da área.
‘A AMEAÇA NUCLEAR NÃO VEM DA RÚSSIA, MAS DO REGIME DE KIEV’
“Numa época em que todas as organizações internacionais alardeiam a suposta ameaça nuclear da Rússia, militares ucranianos atacam a maior usina nuclear da Europa sem qualquer impedimento”, escreveu Ramzan Kadyrov, líder da República da Chechênia (integrante da Federação da Rússia), neste domingo.
Kadyrov enfatizou que, apesar da usina “ter atraído a atenção de numerosos especialistas nucleares que concordam que um acidente nesta central teria consequências em grande escala”, os ataques continuam. “A ameaça nuclear não vem da Rússia, mas do regime criminoso de Kiev, que dá essas ordens dia após dia”, declarou, acrescentando que a comunidade internacional tem que entender que “o verdadeiro inimigo da humanidade está ao lado da Europa, aproveitando seu apoio imensurável.”