A Latam Airlines anunciou demissão de 1.300 trabalhadores para substituir a mão-de-obra direta por terceirizada. O anúncio foi feito na segunda feira (20). A medida atingirá o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.
A empresa, resultado da fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM, afirma que as mudanças estão previstas para a primeira semana de setembro, e vão ocorrer em três setores: de rampa e limpeza (ground handling), de gestão de equipamentos de solo (exceto aeronaves), e de atendimento a clientes com bagagens perdidas ou danificadas (lost luggage) que passarão a ser de responsabilidade da prestadora de serviços Orbital/WFS, que já assinou contrato.
Para Rodrigo Maciel, presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru), as terceirizações representam o rebaixamento de direitos dos trabalhadores, e riscos para o setor que não terá uma gestão direta. “Isso é perigoso, pois na aviação algumas decisões precisam ser rápidas, não podem demorar devido à complexidade do setor”.
“Toda a estratégia de terceirização da empresa para reduzir custo por meio da força de trabalho e da precarização das condições trabalhistas irá impactar diretamente na qualidade dos serviços para a sociedade e pode colocar em risco até mesmo a segurança de vôo”, denuncia o presidente do Sindigru.
A Latam diz em nota que “estabeleceu um sistema de gestão integrado com a Orbital – WFS para assegurar a eficiência e a manutenção da qualidade dos serviços prestados.