Mais essa tentativa de Washington de grudar a culpa por explosivos químicos na Síria é um “ataque publicitário” cujo objetivo é manchar a imagem e sabotar o Congresso do Diálogo Nacional Sírio a se realizar em Sochi, denuncia o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Em declarações esta quarta, logo após as acusações por parte de Rex Tillerson contra a Síria, ele prosseguiu apontando que “na essência, um ataque massivo de propaganda tem sido conduzido para enxovalhar a Rússia no cenário mundial e minar os esforços para um acordo pacífico na Síria”.
“Estados Unidos querem acostumar o mundo à ideia de que o nosso país, que –ao contrário dos EUA – destruiu seus estoques de armas químicas, não apenas condena o seu uso na Síria mas em geral. E é acusado de tudo pelos Estados Unidos”, enfatizou o chanceler russo.
Em uma hora em que a paz se faz possível, “os funcionários de Estado norte-americanos, desdenham as mais elementares normas de ética, coisa que não tem nada de novo, mas, com as recentes insinuações, Tillerson e Haley se superaram” prossegue.
Os ataques a que Lavrov se refere partiram de Tillerson na quarta, em um encontro com 29 países, encontro ao qual a Rússia não foi convidada e que se chamou “Parceria Internacional contra a Impunidade pelo Uso de Armas Químicas”.
As alegações são de que houve um ataque em Ghouta Leste com gás de cloro, e querem responsabilizar também a Rússia por apoiar a integridade, soberania e a busca da paz na Síria. “Seja quem for que tenha conduzido os ataques com gás, a Rússia é quem tem, em última instância, a responsabilidade pela vítimas e todas a vítimas de bombas com gás que aconteceram desde a chegada da Rússia na Síria”, assacou Tillerson.