A privatização da distribuidora de energia da Eletrobrás no Amazonas foi para o vinagre e não será mais realizada em 26 de setembro, como estava previsto pelo governo entreguista, segundo reportagem da agência Reuters, divulgada no dia 12.
Fonte ouvida pela agência informou que o motivo do adiamento é que não há tempo hábil para a aprovação no Senado de um projeto de lei que facilite a entrega da Amazonas Distribuidora de Energia para algum grupo estrangeiro.
O plano de desmonte da Eletrobrás – iniciado no governo do PT e continuado pelo MDB, que aliás tem os mesmos partidos nas bases desses governos – previa a venda das seis distribuidoras regionais sobre controle da estatal. Já foram entregues a Companhia de Energia do Piauí, Boa Vista Energia (RR); Centrais Elétricas de Rondônia e Companhia de Eletricidade do Acre. O governo não conseguiu privatizar a Companhia Energética de Alagoas e a do Amazonas.
Além da venda das distribuidoras, o “desinvestimento” da Eletrobrás prevê a venda de imóveis administrativos e venda da participação em Sociedades de Propósito Específico (SPEs), o que já tem implicado na demissão de milhares de trabalhadores qualificados. Tudo isso implicará na redução da qualidade dos serviços de energia no país.
Esse filme já foi visto. A diminuição de investimento no setor redundou no apagão de 2001 e nas sucessivas quedas de energia em anos recentes, em várias regiões.