
O célebre saxofonista camaronês Manu Dibango, uma estrela do jazz africano, morreu nesta terça-feira aos 86 anos, poucos dias após contrair Covid-19, informaram pessoas próximas ao artista. Compositor de “Soul Makossa”, uma das músicas que roda o planeta desde os anos 70 plagiada por Michael Jackson, é o primeiro artista falecido vítima de coronavírus.
Nascido em Camarões em 1933, Emmanuel N’Djoke Dibango aprendeu a cantar no templo religioso onde sua mãe era professora, enquanto ouvia com os pais músicas francesa, americana e cubana, trazidas por marinheiros desembarcados no porto de Douala.
Sua vida foi inteiramente dedicada à música, tendo entrado com Soul Makossa, em 1972, para a lenda do jazz. A obra integrava parte do lado B de um disco de 45 rotações, cujo título principal era um hino para o time de futebol de Camarões para a Copa Africana de Nações de futebol.
“Soul Makossa fez as crianças rirem por causa do refrão Mama Ko, Mamassa, Mamakossa. Algum tempo depois, produtores americanos vieram à Europa para pegar música africana e se apaixonaram por essa música, que foi um sucesso do outro lado do Atlântico”, contou Manu Dibango.
Em 1982, enquanto gravava o agora mítico álbum “Thriller”, Michael Jackson deslocou parte de Soul Makossa para o final de uma das músicas sem o consentimento da parte interessada e sem sequer creditá-la na capa. “Um amigo que trabalhou na ONU em Nova Iorque me enviou um cartão de boas-vindas, acrescentando: e parabéns por trabalhar com Michael Jackson. Fiquei lisonjeado por um dos maiores artistas do século ter me levado de volta. Mas ele também estava ganhando muito dinheiro alegando ser o autor da canção”, contou Manu Dibango, lembrando que o álbum Thriller foi durante anos o álbum mais vendido do mundo.
O processo judicial levou a um primeiro “acordo financeiro” de US$ 200 mil. A situação voltou a ficar tensa em 2009, quando Jackson cedeu sem nenhuma autorização a música à gravadora Rihanna Song, que a regravou sem pedir autorização de Manu Dibango, gerando mais processos.
Para o ministro francês da Cultura, Frank Rieskier, “o mundo da música perde uma de suas lendas. A generosidade e o talento de Manu Dibango não conheciam limites. Cada vez que subia ao palco, ele se entregava intensamente ao público para fazê-lo vibrar de emoção. Penso em sua família e seus entes queridos.”
“Não tenho palavras para traduzir minha tristeza. Você foi um gigante, meu irmão, um orgulho para os Camarões e para toda a África. Uma perda imensa! RIP o Rei da Makossa e Gênio do Sax”, descreveu o músico senegalês Youssou Ndour.
Uma homenagem será organizada posteriormente, quando for possível, afirma a página do músico no Facebook.
O célebre saxofonista camaronês Manu Dibango, uma estrela do jazz africano, morreu nesta terça-feira aos 86 anos, poucos dias após contrair Covid-19, informaram pessoas próximas ao artista. Compositor de “Soul Makossa”, uma das músicas que roda o planeta desde os anos 70 plagiada por Michael Jackson, é o primeiro artista falecido vítima de coronavírus.
Nascido em Camarões em 1933, Emmanuel N’Djoke Dibango aprendeu a cantar no templo religioso onde sua mãe era professora, enquanto ouvia com os pais músicas francesa, americana e cubana, trazidas por marinheiros desembarcados no porto de Douala.
Sua vida foi inteiramente dedicada à música, tendo entrado com Soul Makossa, em 1972, para a lenda do jazz. A obra integrava parte do lado B de um disco de 45 rotações, cujo título principal era um hino para o time de futebol de Camarões para a Copa Africana de Nações de futebol.
“Soul Makossa fez as crianças rirem por causa do refrão Mama Ko, Mamassa, Mamakossa. Algum tempo depois, produtores americanos vieram à Europa para pegar música africana e se apaixonaram por essa música, que foi um sucesso do outro lado do Atlântico”, contou Manu Dibango.
Em 1982, enquanto gravava o agora mítico álbum “Thriller”, Michael Jackson deslocou parte de Soul Makossa para o final de uma das músicas sem o consentimento da parte interessada e sem sequer creditá-la na capa. “Um amigo que trabalhou na ONU em Nova Iorque me enviou um cartão de boas-vindas, acrescentando: e parabéns por trabalhar com Michael Jackson. Fiquei lisonjeado por um dos maiores artistas do século ter me levado de volta. Mas ele também estava ganhando muito dinheiro alegando ser o autor da canção”, contou Manu Dibango, lembrando que o álbum Thriller foi durante anos o álbum mais vendido do mundo.
O processo judicial levou a um primeiro “acordo financeiro” de US$ 200 mil. A situação voltou a ficar tensa em 2009, quando Jackson cedeu sem nenhuma autorização a música à gravadora Rihanna Song, que a regravou sem pedir autorização de Manu Dibango, gerando mais processos.
Para o ministro francês da Cultura, Frank Rieskier, “o mundo da música perde uma de suas lendas. A generosidade e o talento de Manu Dibango não conheciam limites. Cada vez que subia ao palco, ele se entregava intensamente ao público para fazê-lo vibrar de emoção. Penso em sua família e seus entes queridos.”
“Não tenho palavras para traduzir minha tristeza. Você foi um gigante, meu irmão, um orgulho para os Camarões e para toda a África. Uma perda imensa! RIP o Rei da Makossa e Gênio do Sax”, descreveu o músico senegalês Youssou Ndour.
Uma homenagem será organizada posteriormente, quando for possível, afirma a página do músico no Facebook.