Felipe Carreras (PSB-PE) é o primeiro líder do superbloco partidário capitaneado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)
A formação do novo superbloco partidário, com 9 legendas e 175 deputados federais trouxe consigo série de esclarecimentos públicos de que a nova formação não seria feita para criar problemas para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na verdade, a criação deste bloco é fundamentalmente para manter os espaços de poder do atual presidente da Câmara dos Deputados. Em princípio, nada tem a ver com o governo.
Trata-se de disputas internas, cujo principal motivo é a disputa, primeiro, para a presidência da Casa e outros nichos nas instâncias decisórias da Casa.
APOIO
Além das declarações do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA) — já cotado para ser o substituto de Lira na eleição à presidência da Câmara em 2025 —, e do próprio Arthur Lira (PP-AL), o grupo suprapartidário fez questão de iniciar a formação do bloco com governista na liderança, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE).
O bloco, que vai trocar, segundo reportagem do jornal Correio Braziliense, de líder a cada bimestre começa com o deputado do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o próximo a assumir a liderança vai ser integrante do PDT — provavelmente André Figueiredo (CE).
GOVERNABILIDADE DE LULA
Felipe Carreras afirmou, ao Correio, que o papel dele, de partidos como PSB, PDT, Avante e Solidariedade, que caminharam juntos em prol da eleição do presidente Lula, vai ser na atuação para garantir governabilidade ao poder Executivo.
Além do prognóstico positivo ao governo, Carreras falou sobre a relação de Lira e a influência dele na Câmara dos Deputados e de como as mudanças na Casa e a criação dos blocões alteram o jogo de poder e político no Legislativo, pelo lada da Câmara.
O pessebista também comentou assuntos que estão em alta na sociedade nas últimas semanas.
DESAFIO DO LÍDER
Trata-se de “desafio enorme ser o primeiro líder deste que é o maior bloco da Câmara, sobretudo, no momento político que estamos atravessando no país. Preciso agradecer, inclusive, ao presidente Carlos Siqueira e aos líderes do PSB, à bancada socialista e aos líderes dos partidos que compõem o bloco por confiarem a mim essa missão na largada do bloco”, destacou.
“O Brasil vive um momento de oportunidades com um novo governo, que vem com o objetivo de resgatar o país no cenário internacional, no setor social e no econômico. Minha missão aqui é promover o diálogo e as pontes entre os diferentes para viabilizar a construção de um projeto de país onde o povo saia ganhando”, pontificou.
E acrescentou: “Vamos respeitar as divergências e garantir a governabilidade e a convergência dos poderes que o país precisa para se desenvolver.”
Como se vê, o blocão liderado por Lira vai permitir governabilidade ao presidente Lula.
PROJETOS GOVERNISTAS
“Para integrarmos esse bloco foi feita uma grande articulação com todos os partidos que participam dessa articulação. O PSB e o PDT são base do governo e se tornaram elementos essenciais para a consolidação do bloco.”
Foi uma construção democrática. O PSB e o PDT têm uma relação histórica tanto ao nível nacional quanto regional, e temos boa convivência com os partidos de centro”, ponderou o líder do bloco.
“Caminhamos com o Solidariedade e com o Avante como aliados de primeira hora pela eleição da chapa Lula e Alckmin”, apontou.
BOAS RELAÇÕES POLÍTICAS E AMIZADE
“Tanto eu quanto André Figueiredo [líder do PDT] temos boas relações políticas e de amizade com grandes lideranças dos partidos que compõem o bloco”, pontificou.
“E menciono aqui colegas como Elmar Nascimento (União Brasil), André Fufuca (PP), Luís Tibé (Avante), Fred Costa (Patriota), que estavam com a gente na legislatura passada. Já temos um diálogo”, destacou.
“A Câmara dos Deputados tem um papel fundamental nos rumos que serão dados no resgate do Brasil, tanto em termos de políticas sociais quanto econômicas e esses parlamentares sabem da responsabilidade que têm pela frente”, disse.
“Estamos buscando uma convergência para viabilizar o país que os brasileiros precisam neste momento. A democracia é resultado do diálogo entre os diferentes”, acrescentou.
M. V.