Após a abertura dos trabalhos legislativos, o deputado Daniel Almeida (BA), líder do PCdoB na Câmara, avalia que o papel da frente democrática ao longo deste ano será reforçar o enfrentamento à agenda de destruição do governo Bolsonaro e propor soluções para a crise econômica, social e política no país.
“O ano começa com o reforço do combate aos desmontes e à quebra da soberania nacional, promovidos durante os 400 dias da desastrosa gestão bolsonarista”, afirmou. Em artigo no site da bancada, o líder do partido destacou que o primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro foi marcado por graves agressões à democracia e perdas de direitos dos trabalhadores.
Daniel Almeida lembra que o governo não atacou as causas do desemprego, que se manteve em níveis elevados – na faixa de 12,8 milhões de pessoas. “As filas à espera do Programa Bolsa Família também se ampliaram. Os cidadãos tiveram ainda dificuldade para acesso à aposentadoria”, observou.
“Bolsonaro segue a escalada de reformas prejudiciais e de entrega do patrimônio nacional. Na mira, estão a Eletrobrás que corre o risco de ser privatizada e também os servidores públicos ameaçados pela reforma administrativa e por ações sistemáticas de desvalorização do servidor público”, disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), relacionou a reforma tributária como uma das prioridades deste novo ano legislativo. Sobre as propostas colocadas até agora, o líder do PCdoB defende a unidade das forças progressistas em torno de uma reforma “que sirva de instrumento para redução da desigualdade social”.
“Iremos nos contrapor à proposta de Bolsonaro que quer mudar a estrutura tributária de forma a diminuir a capacidade e o papel do Estado”, afirmou o parlamentar.
“Em outra frente, priorizaremos a defesa da educação, em especial, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que tem 2020 como último ano de vigência”, acrescentou.
Ele lembrou que Bolsonaro é contra a manutenção do Fundeb e que o governo ampliou o corte no orçamento da educação em R$ 6 bilhões este ano.