O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), afirmou que a taxa de juros “criminosa” mantida pelo Banco Central tem impedido investimentos e atrapalhado o desenvolvimento do país.
Apesar da queda do desemprego, que chegou ao menor patamar para o segundo trimestre desde 2014, Dirceu disse que o país vive “momento difícil”, “fruto do retrocesso dos últimos cinco ou seis anos e também do que faz o Banco Central, que insiste em deixar o Brasil com a taxa de juros mais alta do planeta”.
Na avaliação do parlamentar, que foi entrevistado pela revista Carta Capital, se a taxa de juros básica fosse reduzida, “estaríamos comemorando resultados ainda mais positivos” na economia.
Zeca Dirceu avalia que “não basta reduzir 0,25% ou 0,50%. O mínimo razoável seria que mês a mês, já há algum tempo, o Banco Central tivesse reduzindo 1%, para que a gente volte a patamares praticados por outros países do mundo”.
A taxa básica de juros (Selic) está em 13,75%.
Zeca Dirceu afirmou que Roberto Campos Neto, presidente do BC indicado por Bolsonaro, “tem que prestar contas ao Congresso Nacional, ir ao Senado Federal”.
“Ele vai ter muita dificuldade para explicar o inexplicável, que é essa taxa de juros do jeito que está”, continuou.
Os juros altos são ruins “para o setor produtivo do país. Muitos empreendimentos e negócios poderiam já estar sendo colocados em execução se a conta fechasse”.
Em muitos casos, “a conta não fecha não por problemas do país ou do setor produtivo, mas porque o Banco Central mantém uma taxa de juros que é inviável para qualquer negócio”, acrescentou o parlamentar.
A taxa de juros “impacta a vida de quem quer ter um salário melhor, de quem quer ver o país gerar emprego. Com desenvolvimento, se gera bem-estar social, porque o país arrecada mais”, permitindo mais dinheiro para áreas como Saúde e Educação.