As lideranças do PSB, Tadeu Alencar, do PDT, André Figueiredo e do PCdoB, Orlando Silva, anunciaram nesta quinta-feira (20), por meio de nota conjunta, a formação de um bloco parlamentar de oposição ao governo Jair Bolsonaro na próxima legislatura. Juntos o PSB, PDT e PCdoB elegeram 70 deputados para a próxima legislatura, que começa no ano que vem. “É o início de uma caminhada de partidos com identidade histórica para barrar retrocessos que sejam pautados na Câmara dos Deputados”, afirmou André Figueiredo, líder do PDT.
Eles afirmam, ainda, que o bloco será formado por “partidos que têm identidade histórica e mais aqueles que eventualmente ao bloco queiram se reunir”, deixando espaço para futuros aliados. O agrupamento oposicionista não incluirá o PT, para efeitos regimentais, como também já estava pré-definido. O PSB elegeu 32 deputados, o PDT, 28 e o PCdoB, que acaba de se unificar com o Partido Pátria Livre (PPL), chega a 10 parlamentares.
Os propósitos dos três partidos, segundo suas lideranças, são “a luta em defesa de democracia, dos direitos sociais e em favor de ideias e propostas de interesse do Brasil”. Na nota divulgada à imprensa, os partidos afirmam que o bloco foi formado por “identidade histórica” e que lutarão para que o bloco partidário “fortaleça as posições políticas e a ação parlamentar” das legendas. O anúncio incomodou Jair Bolsonaro, que sentiu a necessidade de desdenhar o bloco de oposição numa rede social. “Sei que vou ter uma oposição ferrenha. Não vou dar o que eles querem”, disse. É verdade. Bolsonaro não quer dar nada para os brasileiros. Só fala em cortar salários, extinguir direitos, acabar com o Ministério do Trabalho, etc. Na verdade ele só pensa em como agradar Donald Trump. Até continência bateu para um funcionário de terceiro escalão da Casa Branca.
Leia nota assinada pelos líderes dos partidos
O Partido Socialista Brasileiro, o Partido Democrático Trabalhista e o Partido Comunista do Brasil, através dos líderes de suas bancadas na Câmara dos Deputados, anunciam que, na próxima legislatura, comporão um bloco partidário que fortaleça as posições políticas e a ação parlamentar desses partidos que têm identidade histórica e mais aqueles que eventualmente ao bloco queiram se reunir. Reafirmam, assim, que farão oposição ao governo eleito, em conformidade com o resultado e o desejo expresso pelas urnas, da defesa da Democracia, dos direitos sociais, dos valores éticos e republicanos, e defenderão ideias e propostas a favor dos interesses do país.
Brasília, 20 de dezembro de 2018
André Figueiredo, líder do PDT
Orlando Silva, líder do PCdoB
Tadeu Alencar, líder do PSB
Diante da criação de um bloco de oposição na Câmara dos Deputados, formado por PDT, PSB e PCdoB, bozonaro criticou, dizendo, entre outras coisas, que “não dará o que eles querem”.
O que eles querem é que ele não destrua o Brasil; não retire direitos dos trabalhadores, contra os quais tanto vocifera, dizendo que as relações de trabalho deveriam beirar à informalidade; que não crie caso com a China, países árabes, com os quais o saldo na balança comercial é positivo para nós, muito maior do que o saldo com os Estados Unidos e infinitamente maior do que o saldo com Israel, que é negativo; além de outras besteiras que ele e seus asseclas expelem por via oral.
Não quer ter oposição?