A Liga Árabe aprovou, terça-feira (18), uma resolução pedindo que o Brasil “respeite o Direito Internacional” e não leve adiante promessas de Bolsonaro de transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.
A reunião extraordinária do Conselho da Liga, no nível de embaixadores, decidiu “enviar uma delegação governamental de alto nível para encontrar autoridades brasileiras”.
Composta por representantes dos países-membros e da secretaria-geral da organização pan-arábica, a delegação alertará as autoridades brasileiras sobre a necessidade de “respeitar o Direito Internacional e as resoluções internacionais sobre a situação legal da cidade de Jerusalém”.
Assim que Bolsonaro teve a sua eleição reconhecida, declarou que iria transferir a embaixada a Jerusalém, premiando assim a ocupação israelense que inclusive já declarou a Jerusalém Árabe (Oriental, ocupada desde 1967, contra todas as resoluções internacionais) como parte da capital israelense.
A anexação de território ocupado militarmente é considerado crime de guerra e contraria frontalmente as decisões da ONU, tanto a que estabeleceu a partilha da Palestina, quanto as posteriores à ocupação de 1967 (como resultado da Guerra dos Seis Dias) que exigem de Israel a retirada de todos os territórios árabes ocupados a partir daquele ano.
A Liga Árabe aprovou, terça-feira (18), uma resolução pedindo que o Brasil “respeite o Direito Internacional” e não leve adiante promessas de Bolsonaro de transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.
A reunião extraordinária do Conselho da Liga, no nível de embaixadores, decidiu “enviar uma delegação governamental de alto nível para encontrar autoridades brasileiras”.
Composta por representantes dos países-membros e da secretaria-geral da organização pan-arábica, a delegação alertará as autoridades brasileiras sobre a necessidade de “respeitar o Direito Internacional e as resoluções internacionais sobre a situação legal da cidade de Jerusalém”.
Assim que Bolsonaro teve a sua eleição reconhecida, declarou que iria transferir a embaixada a Jerusalém, premiando assim a ocupação israelense que inclusive já declarou a Jerusalém Árabe (Oriental, ocupada desde 1967, contra todas as resoluções internacionais) como parte da capital israelense.
A anexação de território ocupado militarmente é considerado crime de guerra e contraria frontalmente as decisões da ONU, tanto a que estabeleceu a partilha da Palestina, quanto as posteriores à ocupação de 1967 (como resultado da Guerra dos Seis Dias) que exigem de Israel a retirada de todos os territórios árabes ocupados a partir daquele ano.
O Qatar, o Egito e a Arábia Saudita já alertaram o governo brasileiro sobre os prejuízos que o país poderá vir a ter com a medida que fere a disposição internacional e de todos os países membros da ONU à exceção dos Estados Unidos e Guatemala. A Organização para a Cooperação Islâmica, que congrega 57 países, assim como a Câmara Árabe-Brasileira também alertaram o Brasil pedindo que a posição bolosonarista seja reconsiderada.
Em 2017, as exportações do Brasil somaram US$13,5 bilhões e o superávit para o nosso país foi de US$ 7,17 bilhões. Juntos os países árabes são o maior comprador de carne brasileira, ocupam 5,3% de toda a nossa pauta exportadora. Esse acúmulo do Brasil, que ocupou a posição com esforço de produzir a carne ‘halal’, apropriada para o consumo dos islâmicos, corre o risco de se perder caso países árabes compradores dos produtos nacionais decidam mudar de cliente como retaliação à medida ilegal.
Já Israel compra 0,14% da pauta com 256 milhões de dólares, país com o qual já temos um déficit de 419 milhões.
Na carta enviada ao Itamaraty, a Liga Árabe responde a declaração de Bolsonaro de que “Israel é país soberano e pode definir sua capital onde quiser”, declarando que essa não é uma questão de soberania, mas de rompimento dos direitos dos palestinos à autodterminação por um país que “vem ocupando os territórios palestinos pela força, entre eles a Jerusalém Oriental”.
NATHANIEL BRAIA