Lira diz que “o esticar das cordas passou de todos os limites” pelo voto impresso

Deputado Arthur Lira (PP-AL) com o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM). Foto: Cleia Viana - Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que espera que todos os Poderes reconheçam a derrota da PEC do voto impresso e que o “assunto está encerrado”.

“Trabalhamos para dar um ponto final nessa situação. O esticar das cordas passou de todos os limites. Temos de trazer para a normalidade. Não podemos chegar à eleição com a versão de que este ou aquele foi prejudicado”, comentou Lira.

A Proposta de Emenda à Constituição 135/19, da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), foi arquivada, na terça-feira (10), porque o governo Bolsonaro não conseguiu votos suficientes para sua aprovação.

O presidente da Câmara avalia que “o resultado é o resultado previsível para todos que estavam fazendo as contas”.

No mesmo dia da votação, Jair Bolsonaro organizou um desfile de tanques da Marinha, em Brasília, para tentar pressionar o Congresso Nacional.

Arthur Lira disse que “nossa mensagem para todos os poderes é reconhecer os resultados. É da democracia. Não acredito que haja outro comportamento por parte do presidente Bolsonaro. Como eu disse, ele disse que respeitaria o resultado”.

O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que o arquivamento da PEC foi uma “derrota acachapante do governo”, já que Jair Bolsonaro se envolveu diretamente no tema com ameaças e chantagens.

“Se considerar que essa tem sido a pauta mais importante para o presidente da República, que potencializou todas as suas energias e mobilizou suas milícias digitais para constranger e ameaçar deputados e deputadas, podemos ver uma derrota acachapante do governo”, avaliou.

O deputado acredita que o debate sobre o voto impresso é “legítimo”, mas “foi sequestrado por uma seita que resolveu utilizar esse debate para confrontar a democracia e os tribunais”.

Marcelo Ramos disse ainda que Jair Bolsonaro levantou o tema do voto impresso porque “não sabe governar, não sabe oferecer respostas ao desemprego, à fome, ao fechamento de empresas, à desindustrialização do país. Então, ele precisa criar crises artificiais para justificar sua presença na Presidência da República”.

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