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Durante a pandemia de Covid-19, que é a maior crise sanitária da história do Brasil, o país vem tendo muitas dificuldades para garantir as vacinas que a população necessita.
O país já teve um grande capacidade de produção de insumos farmacêuticos e, agora, está totalmente dependente da importação desses produtos. As encrencas criadas pelo governo Bolsonaro com os fornecedores desses insumos e das vacinas colocou mais em risco ainda o sucesso da vacinação contra a Covid-19.
O número de estabelecimentos farmoquímicos no Brasil teve uma redução significativa nas últimas décadas. Em 1995, eram 242 estabelecimentos que empregavam 13,9 mil funcionários. Em 2019, a quantidade de estabelecimentos despencou 60% – para 98. Já o número de vínculos empregatícios caiu 65,5% para 4,8 mil. Na avaliação de Rosângela Vieira dos Santos, economista técnica do Dieese, se o setor tivesse recebido incentivo, o país poderia viver uma situação mais confortável em um momento em que os países lutam para adquirir insumos escassos em meio à crise sanitária.
A extrema dependência de insumos farmacêuticos importados para a fabricação de medicamentos e vacinas deixa o Brasil vulnerável a situações críticas como a que vivemos atualmente. Se tivesse investido no complexo industrial da saúde, o Brasil teria enfrentando melhor a pandemia e poderia, inclusive, ser um dos líderes na corrida pela vacina.
Por que o Brasil perdeu essa capacidade industrial que já teve? O que levou à desindustrialização de diversos setores e, particularmente, do setor farmacêutico?
As indústrias que sobreviveram a esses verdadeiro desmonte, estão, hoje, importando os insumos. Elas apenas completam a fabricação dos medicamentos, envasando, embalando e, às vezes, nem isso. Muitas indústrias estão apenas servindo de intermediárias de produtos prontos que são importados.
Para responder a essas perguntas, o HP convidou para um bate-papo dois grandes especialistas na área.
O médico Eduardo Costa, da Faculdade Católica de Medicina da capital gaúcha, com mestrado pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), doutorado em medicina pela UFRGS e PhD pela Faculdade de Medicina da Universidade de Londres. É, ainda, professor de epidemiologia na ENSP/Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Ocupou a Secretária de Saúde do Estado do Rio no governo Brizola e foi presidente o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanghinhos).
O médico Francisco Rubió é professor de medicina da UFMG. Foi diretor industrial e presidente do Laboratório Farmacêutico Fundação Ezequiel Dias (FUNED), de Minas Gerais, e consultor do Ministério da Saúde para o Programa de Modernização da Indústria Farmacêutica Estatal.
A live será realizada na terça-feira, às 10 horas, com a presença dos professores Eduardo Costa e Francisco Rubió. Eles vão debater com o jornalista Sérgio Cruz, redator especial do HP, sobre todos esses questionamentos em relação à situação da indústria farmacêutica do Brasil e muito mais.
Não perca!
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