O ex-ministro de Minas e Energia de Lula e Dilma, Edison Lobão, seu filho Márcio e sua nora Marta tornaram-se réus por corrupção e recebimentos de propinas nas obras da Usina de Belo Monte, no Pará.
A denúncia, que foi apresentada à Justiça Federal no Paraná pelo Ministério Público Federal (MPF), aponta que durante 2011 e 2014, Lobão recebeu R$ 2,8 milhões da Odebrecht.
Para obter benefícios nas obras de Belo Monte, a Odebrecht prometeu pagar 1% do valor dos contratos em propina. De acordo com a investigação, 45% dos valores iam para o PT, outros 45% para o PMDB e 10% iam para Delfim Netto.
Edison Lobão solicitou à Odebrecht R$ 2,8 milhões de propina para si e seu filho, Márcio Lobão.
O pagamento foi efetuado através do Departamento de Operações Estruturadas, o departamento da propina da empreiteira, que identificava o ministro como “Esquálido” em suas planilhas. Os valores foram entregues no escritório de advocacia de sua nora, Marta Lobão, em cinco ocasiões.
As planilhas que descrevem os pagamentos de propina a Lobão foram obtidos com Álvaro Novis, doleiro que era responsável pelas entregas de propina da Odebrecht. Além disso, foram apreendidos recibos da transportadora de valores que a empreiteira contratava, a Trans-Expert.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 7,8 milhões de Edison, Márcio e Marta Lobão.
Edison Lobão foi senador pelo MDB do Maranhão até fevereiro desse ano.