Alan Dershowitz, um dos mais degenerados entre os lobistas judeus norte-americanos a favor do regime israelense, investe agora contra a destacada atriz norte-americana, Cynthia Nixon, que ganhou fama por interpretar a personagem Miranda, no seriado Sex and the City, e que acaba de se lançar pré-candidata (pelo Partido Democrata) ao governo do Estado de Nova Iorque.
Dershowitz, que é professor de Direito em Harvard, e que já se referiu (em seu livro O Caso de Israel) à limpeza étnica que expulsou cerca de 800 mil palestinos de suas terras, com a posterior destruição de 400 aldeias e cidades palestinas, como “uma questão de quinta categoria, em muitos aspectos análoga a renovações urbanas massivas ou outros projetos que requerem movimento de pessoas em larga escala”, agora acusa Nixon de “fanática” e de “apoiar o movimento de Desinvestimento e Sanções a Israel (BDS, sigla em inglês)”.
Ainda que fosse verdade, o apoio ao BDS, um movimento similar ao que ajudou a derrubar o regime de apartheid sul-africano, seria motivo de elogio e coerência e não de reprimenda. Mas Dershowitz- como de costume – está mentindo com relação à atriz. Cynthia Nixon assinou, em setembro de 2010, junto com outros 150 atores e diretores norte-americanos, inclusive a atriz Vanessa Redgrave, um manifesto em apoio a 50 atores de teatro israelenses que declararam que não se apresentariam em Ariel, uma cidade construída para israelenses, em território assaltado aos palestinos e na qual acabara de ser construído um grande auditório. Os atores israelenses declararam que só se apresentariam em Ariel depois de construída a paz entre israelenses e palestinos.
O abaixo assinado foi uma iniciativa de uma organização judaica norte-americana, Jewish Voice for Peace (Voz Judaica pela Paz), que estimula a movimentação nos Estados Unidos contra a ocupação da Palestina, contra os assentamentos e pelas negociações de paz para a construção da Solução dos Dois Estados: Israel e Palestina.