“May tem que prestar contas ao parlamento, e não aos caprichos de Trump”, afirmou o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, condenando a realização do ataque com mísseis à Síria de sábado sem consulta ao parlamento. Manifestantes nas imediações do parlamento britânico repudiaram o ataque, com cartazes de ‘Pare de bombardear a Síria”.
Corbyn está propondo que a atual lei sobre a intervenção armada inglesa no exterior seja reforçada para evitar novos atropelos, ideia que recebeu apoio do líder do Partido Nacional Escocês (SNP) escocês. Ian Blackford. Os “Capacetes Brancos”, que fabricaram o vídeo do “ataque em Douma”, são oficialmente financiados pelo Foreign Office (o ministério inglês das relações exteriores).
O líder trabalhista lembrou que em 2013, quando proposta semelhante de bombardear a Síria [por suposto e não comprovado ‘ataque químico’] foi posta em votação pelos deputados, foi derrubada e não houve bombardeio.
Desde que Tony Blair mentiu aos ingleses para poder desempenhar seu triste papel de poodle de W. Bush, o famoso embuste do “ataque químico de Sadam em 45 minutos”, o que foi confirmado pelo relatório Chilrot, é grande a descrença da população sobre os pretextos de seu governo para desencadear guerras e ataques.
“Lamento dizer que a decisão da primeira-ministra de não convocar o parlamento, e se engajar em outra ação militar na Síria na semana passada, mostrou um flagrante desrespeito pela lei”, que May considera “ser inconveniente”. Antes do ataque, Corbyn havia contestado a intenção do governo conservador em violar a Carta da ONU: “onde está a base legal?”