“Ciência, Tecnologia e Inovação ocupam um espaço central nos resultados da visita de Estado do presidente Xi Jinping ao Brasil”, afirmou a ministra
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou a concretização de cinco acordos com instituições chinesas que permitirão ao Brasil obter tecnologias avançadas nas áreas de tecnologia nuclear, agricultura familiar, indústria fotovoltaica, inteligência artificial e fonte de luz síncrotron. O anúncio se dá no momento em que o presidente chinês Xi Jinping será recebido no Brasil pelo presidente Lula.
“Com esses cinco instrumentos de intercâmbio firmados, estamos passando uma mensagem importante, no sentido de que Ciência, Tecnologia e Inovação ocupam um espaço central nos resultados da visita de Estado do presidente Xi Jinping ao Brasil”, afirmou a ministra, na quinta-feira (16). Xi Jinping chega ao Brasil para participar da reunião da Cúpula do G20 na próxima segunda-feira (18) e terça-feira (19), no Rio de Janeiro. Ele será recebido por Lula no Palácio da Alvorada.
Luciana destacou que o intercâmbio científico e tecnológico e a cooperação entre os dois países “aumentarão as sinergias e trarão benefícios mútuos aos respectivos setores acadêmicos e produtivos”. Os acordos fazem referência ao campo das aplicações de tecnologia nuclear, “especialmente”, afirmou a ministra, “na pesquisa e desenvolvimento de novos radiofármacos, ensaios clínicos, transformação industrial, localização e escalonamento da produção de radiofármacos e disposição de resíduos radioativos”.
O ministro-conselheiro para os temas de Ciência e Tecnologia da Embaixada da China no Brasil, Jiang Dehua, que esteve com a ministra na sede do MCTI, afirmou que “a China está disposta a trabalhar com o Brasil para implementar os importantes consensos alcançados pelos dois presidentes, fortalecer a conexão entre a iniciativa do Cinturão e Rota e a estratégia de desenvolvimento do Brasil”.
Ele destacou que os dois países já possuem uma cooperação frutífera em áreas como tecnologia espacial, ciência básica, biotecnologia, mudanças climáticas e saúde pública. “Os satélites de recursos terrestres, desenvolvidos em conjunto por China e Brasil, têm mais de 34 anos de história e são considerados um exemplo de cooperação Sul-Sul”.
Um dos novos acordos anunciados pela atual gestão foi com o presidente da Autoridade de Energia Atômica da China, Liu Jing. O acordo visa fortalecer a cooperação em capacidade produtiva, ancoragem industrial e desenvolvimento de recursos humanos nas aplicações de ciência e tecnologia nuclear na saúde e em outros campos.
Luciana Santos assinalou que essa cooperação poderá contribuir com duas ações importantes do ministério: o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (CENTENA), para desenvolvimento tecnológico na área de gerência de rejeitos e meio ambiente, e o Reator Multipropósito Brasileiro, que se destina à pesquisa e produção de radioisótopos aplicados na medicina, agricultura, indústria e testes de materiais.
“Os outros quatro instrumentos foram assinados com os Ministérios de Ciência e Tecnologia e de Indústria e TICs da China. Os memorandos tratam da criação de um Programa Sino-Brasileiro de Fonte de Luz Síncrotron; do estabelecimento do Laboratório Conjunto em Mecanização e Inteligência Artificial para Agricultura Familiar; do aprimoramento da cooperação no desenvolvimento de capacidades em Inteligência Artificial; e da cooperação na indústria fotovoltaica”, informa o MCTI.