“Temos empresas com capacidade de produção para fornecer à Nasa equipamentos na indústria aeroespacial. É um pouco essa troca que queremos estabelecer nessa visita ao Inpe”, observou a ministra ao convidar o diretor da Nasa para conhecer o Inpe
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou nesta segunda-feira (24) em entrevista coletiva, após encontro com o presidente Lula, do administrador da agência espacial americana (Nasa), Bill Nelson, e a embaixadora dos Estados Unidos, Elizabeth Frawley Bagley, que o Brasil tem autoridade para debater metas ambientais com qualquer país.
“Na relação com as agendas ambientais, o Brasil entra com muita autoridade porque temos mais de 90% da nossa matriz energética renovável ou limpa”, lembrou a ministra. Ela destacou, ainda, que o país possui 50% de florestas nativas e preservadas. Isso nos dá muita tranquilidade de debater as metas de descarbonização e reflorestamento com muita tranquilidade”, afirmou.
Outro ponto destacado pela ministra foi o desenvolvimento da indústria brasileira na área espacial. “Temos empresas com capacidade de produção para fornecer à Nasa equipamentos na indústria aeroespacial. É um pouco essa troca que queremos estabelecer nessa visita ao Inpe”, observou.
Luciana falou sobre as parcerias oferecidas pelo diretor da Nasa, principalmente em relação ao uso de satélites para um melhor controle da Amazônia, e disse que elas são muito bem vindas.
A ministra apontou os benefícios do uso de satélites para monitoramento e desenvolvimento sustentável da Amazônia e citou os sistemas de controle já operados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Luciana programou uma visita ao órgão juntamente com o diretor da Nasa, Bill Nelson e a embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, para esta terça-feira (25). “Será a oportunidade para ele conhecer o que já fazemos e propor outras parcerias de satélites”, comentou a ministra.
O diretor da Nasa ofereceu apoio no controle do desmatamento da Amazônia. “Vamos lançar futuramente três novos satélites que vão aumentar a habilidade de identificar e de detectar a destruição da floresta”, anunciou.
A ministra Luciana Santos ressaltou a longa trajetória e a importância da cooperação com Estados Unidos. Ela lembrou que a cooperação na área espacial “vem desde a década de 1980, e a mais relevante é o Acordo Artemis, para explorar potencial lunar”.
A ministra explicou, porém, que qualquer tipo de parceria no monitoramento das florestas depende do aval das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira, que podem apontar a real necessidade de utilização desses equipamentos e sistemas e a viabilidade de cruzamento de informações.