O lucro líquido do banco espanhol Santander no trimestre de julho, agosto e setembro deste ano foi de R$ 2,586 bilhões, um resultado 10,7% maior que o mesmo trimestre de 2016. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro atingiu R$ 7,201 bilhões, o que representou o estonteante aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2016 (R$ 5,350 bilhões).
O resultado dos nove meses decorreu dos R$ 20,776 bilhões de receitas com juros, já excluídos a provisão de devedores duvidosos, que aumentaram em relação ao mesmo período de 2016 em 30,7%, derivados das operações de crédito, especialmente de Tesouraria relativa às aplicações nos títulos da dívida pública.
Aos juros obtidos somaram-se mais R$ R$ 11,372 bilhões de prestação de serviços e tarifas bancárias, totalizando R$ 32,15 bilhões de receitas líquidas.
Contrariamente aos resultados negativos da produção industrial (-0,8%), do comércio varejista (-0,5%) e do setor de serviços (-1,0%) registrados pelo IBGE em agosto, o Santander esbanja números favoráveis. É mais um evidência de que são os bancos que estão ganhando com a crise.
Uma nota nas demonstrações dos resultados do banco chama ainda atenção. “Em agosto de 2017, o Banco aderiu ao programa de parcelamento de débitos tributários e previdenciários (conforme MP 783/2017)”. Como se não bastasse a situação econômica e financeira do Santander esbanjando músculos, ainda pode se beneficiar de mais um Refis, para pagar tributos atrasados com tremendos descontos e prazo a perder de vista.