
O presidente Lula ordenou ao Ministério das Relações Exteriores que realize o traslado do corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu na Indonésia após cair durante uma trilha em um vulcão.
“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, publicou Lula em suas redes sociais.
Para realizar a operação, o presidente alterou um decreto de 2017 que impedia o custeio do traslado. As primeiras informações do Itamaraty eram de que o órgão estava impedido burocraticamente de buscar o corpo de Juliana.
Com as novas regras, o Ministério das Relações Exteriores deverá custear o traslado de brasileiros mortos no exterior caso a família não tenha condições financeiras de fazê-lo, quando não houver seguro contratado, quando “o falecimento ocorrer em circunstâncias que causem comoção” e houver “disponibilidade orçamentária e financeira”.
Juliana realizava uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, quando caiu cerca de 300 metros. Somente quatro dias após o acidente uma equipe de socorristas voluntários conseguiu chegar até o corpo, quando constatou a morte.
Durante evento em São Paulo, na quinta-feira (26), Lula falou sobre a ligação com o pai de Juliana e disse que “não existe nada pior do que um pai ou uma mãe perder um filho”.
“Eu fui descobrir que tinha um decreto-lei que não permitia que o nosso Ministério das Relações Exteriores pudesse trazer essa moça para cá”, relatou. Ele falou que iria alterar o decreto para permitir o custeio do traslado de Juliana. As mudanças já foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
De acordo com o responsável pela autópsia, Ida Bagus Alit, a morte de Juliana Marins ocorreu pouco depois da queda por conta dos ferimentos que sofreu. “A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, disse.