“Tem muita gente, voluntário, militares, se matando de trabalhar para ajudar, e tem pessoas que continuam vendendo mentira, continuam vendendo desgraça, continuam inventando estória”, diz o presidente. Ele pediu mais empenho e coordenação de sua equipe para salvar o RS
O presidente Lula afirmou nesta segunda-feira (13) que além da catástrofe climática que atinge o Rio Grande do Sul, o governo precisa lidar “com um grupo negacionista” e de “provocadores baratos” que criam fake news e vendem “mentiras”. Ele destacou que, “além da catástrofe, além da desgraceira toda, nós ainda temos um grupo de negacionistas que estão atrapalhando o trabalho de recuperação do RS”.
“Tem muita gente, voluntário, militares, se matando de trabalhar para ajudar, e tem pessoas que continuam vendendo mentira, continuam vendendo desgraça, continuam inventando estória. Nós precisamos ter muito cuidado para que a gente não permita que esses provocadores baratos, essa gente que vive mentindo, que vive fazendo fake news, leve alguma vantagem”, observou o presidente.
A fala de Lula ocorreu durante reunião com seus ministros, logo após conversar virtualmente com o governador gaúcho, Eduardo Leite. Ele informou ao governador a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. Neste período, a economia, de cerca de R$ 11 bilhões, deverá ser destinado a investimentos de reconstrução do estado. Além disso, os juros da dívida durante o período serão zerados.
Na semana passada, o Palácio do Planalto enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, listando onze postagens em redes sociais de políticos e influenciadores relacionadas às chuvas no Rio Grande do Sul. No documento, há um pedido de investigação sobre possíveis “crimes” cometidos pelos autores. Os disseminadores de mentiras estão tumultuando e atrapalhando o socorro à população gaúcha.
Na reunião com os ministros, Lula pediu mais coordenação para que a ajuda ao Rio Grande do Sul seja mais eficiente. A reunião contou com a presença de todos os 37 ministros do governo federal. Lula disse que os problemas no RS são graves e deverão ser enfrentados no curto, médio e longo prazo.
“É uma infinidade de problemas que a gente vai ter que cuidar e não é uma coisa de curto prazo, é uma coisa de médio e, eu diria, até de longo prazo. Pois recuperar aquele estado vai ser bastante difícil, é um compromisso nosso de deixar o RS como era antes da chuva”, afirmou o presidente.
Dirigindo-se a Fernando Haddad, da Fazenda, Lula disse que o ministro tinha que informar mais sobre o socorro financeiro ao estado. Para José Múcio, da Defesa, Lula afirmou que ele deve destacar a atuação das Forças Armadas no RS. Já Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, deve falar sobre a atuação da Força Nacional, da PF e da PRF. Lula destacou que Paulo Pimenta e Waldez Goes, foram os ministros que mais estiveram no estado. Ele pediu mais coordenação por parte de Rui Costa, da Casa Civil, que organiza e sistematiza a atuação do governo.
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