“Os alimentos estão caros. É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro”, disse Lula. Ele criticou decisão da Fazenda sobre o “PIX”. “Tudo agora vai passar pela Presidência”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros nesta segunda-feira (20) na Granja do Torto, em Brasília.
Ao abrir reunião, o presidente ressaltou que um dos pontos centrais do governo, para além do lema da união e reconstrução, é baratear o preço da alimentação. Além disso, ele defendeu que é preciso não deixar que o “país volte ao horror que foi o mandato do nosso antecessor”.
Ele falou sobre todo o período de reconstrução e destacou que a partir de 2025 “é necessário entregar ao povo brasileiro tudo aquilo que a gente prometeu, que ele espera de nós e que nós ainda não entregamos. O ano de 2025 é o ano da colheita. E nós não podemos falhar”, destacou.
“A gente trabalhou reconstrução e união, e agora a gente vai trabalhar reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador, porque os alimentos estão caros. É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, reconheceu o presidente.
O chefe do Executivo reforçou que o empenho será redobrado. “É essencial que todos tenham a noção de atender os anseios dos trabalhadores brasileiros”, afirmou. “Eu jamais reclamarei pelo fato de o povo nos cobrar. Eu reclamarei se a gente não tiver capacidade de entregar tudo aquilo que nós nos comprometemos”, prosseguiu Lula, destacando que está completamente recuperado e que vai trabalhar direto para cumprir tudo o que prometeu.
Ele enfatizou que sua principal motivação em 2025 é “não permitir, em hipótese alguma, que o país volte ao horror que foi o mandato do nosso antecessor; para que a gente garanta que a democracia vai prevalecer neste país”.
Disse, ainda, que o compromisso do governo deve ser, também, o de “atender as pessoas mais necessitadas, os mais pobres, o pequeno comerciante, os empreendedores, os pequenos e médios empresários, os nossos educadores e atender todas aquelas pessoas que querem trabalhar para o bem do Brasil”.
Lula criticou o anúncio feito pelo Ministério da Fazenda de que a fiscalização do PIX seria feita nas transferências acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. “Muitas vezes, a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, alguém faz um negócio qualquer, daqui a pouco arrebenta e vem cair na Presidência da República”, prosseguiu o presidente durante a reunião com os ministros.
Assista à fala de Lula na abertura da reunião ministerial
Ele disse que os ministros têm que avaliar as consequências de suas decisões porque elas acabam na Presidência. “De agora em diante, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós sem que essa portaria passe pela Presidência da República, através da Casa Civil”, afirmou Lula., Segundo o presidente, a equipe só poderá editar e publicar esse tipo de ato administrativo se passar, antes, pela Presidência da República.
O papel do Brasil na geopolítica internacional em 2025 também foi destacada por Lula. “A gente vai ter um desafio agora que vai ser o BRICS, em julho. Vai ter outro desafio que vai ser a COP30, em novembro. E a gente sabe que isso representará sempre a cara do Brasil no exterior. Quero agradecer àqueles que trabalharam para fazer um G20 extraordinário, certamente o melhor G20 já acontecido no mundo”, afirmou o presidente.
Ele desejou sorte para a presidência de Donald Trump, que tem início nesta segunda-feira, à frente dos Estados Unidos. “Dizem que haverá muitos problemas com a eleição do Trump. Eu torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro e o povo americano melhorem e para que os americanos continuem a ser um parceiro histórico do Brasil”, afirmou Lula.