
Presidente elogiou Fernanda Torres, Walter Salles e Marcelo Rubens Paiva: “Resgataram em muitos de nós o orgulho de torcer mais uma vez pelo Brasil”
O presidente Lula concedeu na noite desta terça-feira (20), no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, a maior honraria da cultura brasileira, a Ordem do Mérito Cultural (OMC), para Fernanda Torres pelo filme Ainda Estou Aqui.
Entre os agraciados com a Grã-Cruz, a atriz Fernanda Torres, o cineasta Walter Salles e o escritor Marcelo Rubens Paiva foram reconhecidos pelo impacto cultural do filme que ganhou o Oscar neste ano.
“Walter Salles e Fernanda Torres, com o filme Ainda Estou Aqui, lançaram luzes sobre esse passado que não temos o direito de esquecer e resgataram em muitos de nós o orgulho de torcer mais uma vez pelo Brasil”, disse Lula na cerimônia.
O filme, dirigido por Salles e estrelado por Fernanda, é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva. A obra retrata a história da família Paiva após o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura.

Suspensa desde 2019, a Ordem do Mérito Cultural foi retomada em 2023 e, neste ano, celebrou os 40 anos do Ministério da Cultura. Além da Grã-Cruz da OMC, maior honraria pública da cultura brasileira, o trio de “Ainda Estou Aqui” também recebeu um selo postal especial lançado pelos Correios em homenagem a Eunice Paiva, mãe de Marcelo e figura central da história retratada no longa.
A cerimônia também homenageou diversas outras personalidades da cultura brasileira com a Grã-Cruz da OMC. Alguns desses nomes são Alcione; Alceu Valença; Arlindo Cruz; Milton Nascimento; Ney Matogrosso; Ary Fontoura; Laura Cardoso; Glória Menezes; a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja e Xuxa Meneghel.
“Quem está aqui hoje não sou eu. Quem está aqui é Rubens Paiva e Eunice Paiva. Quem está aqui é a memória” , afirmou Marcelo ao receber a homenagem. “A cultura brasileira tem essa força, que é inacreditável, que ficou durante seis anos sob ataque, em silêncio, quase nas trevas. Por sorte, voltamos todos ao protagonismo”, prosseguiu.
Em outro trecho do discurso, Marcelo ressaltou a capacidade de resistência da classe artística. “A cultura brasileira tem essa força, que é inacreditável, que ficou durante seis anos sob ataque, em silêncio, quase nas trevas. Por sorte, voltamos todos ao protagonismo.”