Lula critica “a predominância” de satélites da Starlink, de Musk, na Amazônia

"Nenhuma empresa, não importa quão poderosa seja, colocará nossa democracia em risco” (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom - Agência Brasil)

“Não deixaremos que Musk controle informações do Brasil com seus satélites”, diz presidente

O presidente Lula criticou a “predominância” de satélites da Starlink, de Elon Musk, na Amazônia, em entrevista à revista New Yorker. Ele destacou preocupações com a soberania nacional e a dependência tecnológica, reforçando a necessidade de soluções locais para a região. A declaração ocorreu na segunda-feira (7).

“Não deixaremos alguém que odeia nossa administração, que odeia a democracia e nosso sistema de Justiça, assumir o controle das informações de um país e uma região como a Amazônia”, disse o presidente. “Nenhuma empresa, não importa quão poderosa seja, colocará nossa democracia em risco”, acrescentou Lula.

A empresa de propriedade do bilionário americano Elon Musk fez solicitação, em dezembro de 2023, para explorar novos 7.500 satélites no país. A empresa já possui 4.408 satélites autorizados a funcionar no Brasil. Com o pedido, passaria para 11.908 satélites, com domínio praticamente monopolista da órbita baixa do país.

Em documento enviado à Casa Civil, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do governo na Câmara, afirma que Elon Musk está envolvido com polêmicas ao redor do globo, “fator que compromete a confiança dos contratos que suas empresas estabelecem com os mais diversos países”. Diversas antenas da Starlink foram retiradas pelo Ibama de 20 áreas de garimpo ilegal na região amazônica, 9 delas na Terra Indígena Yanomani.

Em publicação na revista New Yorker, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que os nazistas teriam conquistado o mundo se tivessem acesso ao X. “Se Goebbels estivesse vivo e tivesse acesso a X, estaríamos condenados. Os nazistas teriam conquistado o mundo”, disse Alexandre de Moraes.

Moraes diz acreditar que a relação da extrema direita com as redes sociais mudou na última década. Segundo ele, no início, os algoritmos eram refinados para estimular as pessoas a comprarem, mas afirma que isso mudou.

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