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Ministra da Saúde foi alvo de críticas por parte de parlamentares e a insatisfação aumentou nos últimos meses
O presidente Lula (PT) deu início, nesta terça-feira (25), à chamada reforma ministerial. Ele começou por uma das pastas mais cobiçadas da Esplanada: o Ministério da Saúde.
Ele decidiu e avisou aos aliados que iria trocar Nísia Trindade por Alexandre Padilha no Ministério da Saúde.
A mudança ocorre em meio à cobrança de partidos do Centrão e da base aliada pela reforma ministerial.
NOTA DO PLANALTO
Em nota, o Palácio do Planalto escreveu que Lula comunicou a saída de Nísia em reunião na tarde desta terça-feira. A posse de Padilha está marcada para o dia 6 de março.
“O presidente agradeceu à ministra pelo trabalho e dedicação à frente do ministério”, diz a nota o governo na nota.
PADILHA
Nascido em São Paulo (SP), em 14 de setembro de 1971, Alexandre Rocha Santos Padilha é médico infectologista formado pela USP (Universidade de São Paulo), com doutorado em Saúde Pública pela Unicamp (Universidade de Campinas). Também atua como professor universitário.
Deputado federal reeleito pelo PT de São Paulo, está licenciado do cargo para compor a equipe ministerial do presidente Lula. Também foi ministro nos governos Lula (2009-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014), tendo chefiado, respectivamente, as pastas das Relações Institucionais e da Saúde.
Ainda assumiu as mesmas pastas durante a gestão de Fernando Haddad (2015-2016) na Prefeitura de São Paulo.
DESPEDIDA
Pouco antes da formalização da troca no ministério, Nísia participou de cerimônia no Palácio do Planalto onde anunciou a vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue.
Já em clima de despedida, ela foi a primeira a falar, pediu que os secretários da pasta ficassem de pé para serem aplaudidos pelo trabalho e foi ovacionada por servidores presentes no evento.
Em nota divulgada na última sexta-feira (21), Nísia avaliou que a pasta, sob o comando de Lula, vem cumprindo com o compromisso de reestruturar o SUS (Sistema Único de Saúde) e de cuidar da saúde da população “com resultados concretos”, e citou feitos como 100% dos medicamentos do programa Farmácia Popular, com gratuidade e o aumento da cobertura vacinal no País após mais de 6 anos de quedas consecutivas.
Antes de assumir a Saúde, em janeiro de 2023, Nísia Trindade ocupava o posto de presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), desde 2017.