“O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”, diz governo brasileiro
Os 13 brasileiros presos por Israel ao levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza foram libertados, nesta terça-feira (7), após intervenção do governo do Brasil. Eles permaneceram presos por seis dias no centro de detenção de Ketziot, no deserto de Negev.
Na segunda-feira (6), o presidente Lula escreveu em suas redes sociais que a interceptação, por parte de Israel, da Flotilha Global Sumud foi uma violação das leis internacionais. “O Estado de Israel violou as leis internacionais ao interceptar os integrantes da flotilha Global Sumud, entre eles cidadãos brasileiros, fora de seu mar territorial. E segue cometendo violações ao mantê-los detidos em seu país”, escreveu Lula.
O grupo foi libertado na fronteira com a Jordânia, onde a Embaixada do Brasil no país providenciou transporte até a capital Amã. Eles receberão atendimentos médicos e assistência consular.
“Diplomatas das Embaixadas em Tel Aviv e em Amã receberam os ativistas que estão, nesse momento, sendo transportados para a capital jordaniana em veículo providenciado pela Embaixada brasileira naquele país”, informou o Ministério das Relações Exteriores.
“A flotilha Global Sumud, integrada por mais de 40 embarcações e 420 ativistas de diferentes nacionalidades, tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza quando foi interceptada em águas internacionais por forças militares do Estado de Israel”, informa a nota.
“O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”, completa.
A delegação brasileira da Flotilha publicou uma foto com os 13 integrantes vestidos de branco e sorrindo. “A libertação dos ativistas é uma vitória parcial, mas não há liberdade verdadeira enquanto persistirem o cerco, a ocupação e a limpeza étnica!”, diz a mensagem publicada pela delegação.
Leia a nota do Itamaraty na íntegra:
Libertação dos brasileiros da flotilha Global Sumud
Após negociações conduzidas pelo governo brasileiro, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud, entre eles a Deputada Federal Luizianne Lins (PT-CE), foram conduzidos até a fronteira com a Jordânia e libertados. Diplomatas das Embaixadas em Tel Aviv e em Amã receberam os ativistas que estão, nesse momento, sendo transportados para a capital jordaniana em veículo providenciado pela Embaixada brasileira naquele país.
A flotilha Global Sumud, integrada por mais de 40 embarcações e 420 ativistas de diferentes nacionalidades, tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza quando foi interceptada em águas internacionais por forças militares do Estado de Israel. O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário.