O presidente Lula e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, conversaram por telefone, na quinta-feira (23), e reafirmaram “o propósito de cultivar relações produtivas com todos os países das Américas” e manter canais de comunicação. Lula convidou Claudia para visitar o Brasil.
O presidente contou em suas redes sociais que os dois governos querem ter relações produtivas inclusive com “a nova administração dos Estados Unidos, a fim de manter a paz, fortalecer a democracia e promover o desenvolvimento da região”.
“No telefonema, também conversamos sobre a importância do fortalecimento de foros como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC)”.
O convite para que Claudia Sheinbaum venha ao Brasil ocorreu com o intuito de “darmos impulso adicional ao excelente momento do relacionamento bilateral entre nossos países”.
Claudia agradeceu publicamente Lula pelo telefonema. “Fortaleceremos as relações culturais e educacionais com a república irmã do Brasil”, escreveu.
A conversa entre os dois ocorreu em um momento marcado pela posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua política de agressão aos outros países.
Em sua posse, na segunda-feira (20), Trump disse que vai impor uma taxação de 25% sobre produtos vindos do México e do Canadá, países com os quais os EUA fazem fronteira.
Além disso, Donald Trump promete realizar uma deportação em massa de imigrantes ilegais. O presidente assinou um decreto que cassa o direito à cidadania por nascença para filhos de estrangeiros, mas a ordem foi suspensa pela Justiça.
Trump deu ordens para impedir a entrada de imigrantes pela fronteira com o México e anunciou o envio de mais 1.500 soldados para a região, que se somarão aos outros 2.500 que já atuam lá.
Claudia Sheinbaum reafirmou a autonomia e soberania do México e respondeu aos atos de Donald Trump.
“O povo do México pode ter certeza de que nós sempre vamos defender a nossa soberania e a nossa independência. Em segundo lugar, nós sempre vamos apoiar os mexicanos e mexicanas que estão nos Estados Unidos. Esses são princípios fundamentais. E, em terceiro lugar, nós atuamos de acordo com os nossos princípios e com as nossas leis”, disse.