Lula é homenageado na Malásia e diz que Brasil buscará integrar a ASEAN

O presidente Lula e o primeiro-ministro Anwar Ibrahim Foto: Ricardo Stuckert

Criada em 1967, a ASEAN é hoje um dos principais polos de diálogo e comércio da Ásia, composta por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Singapura, Tailândia e Vietnã

Em visita histórica à Malásia, o presidente Lula e o primeiro-ministro Anwar Ibrahim assinaram atos de cooperação com o objetivo de intensificar e diversificar o comércio e os investimentos entre os dois países. Lula agradeceu o convite para que o Brasil participe da 47ª Cúpula da ASEAN, no domingo (26). O Brasil é o primeiro país da América do Sul a receber esse convite.

Ainda em reunião com o secretário-geral da entidade, Kao Kim Hourn, em Jacarta, capital da Indonésia, antes de embarcar para a Malásia, Lula disse que o mundo “está a exigir dos líderes políticos mais competência de negociação, mais vontade de fazer as coisas acontecerem”. Ele destacou que o Brasil pensa seriamente em integrar a ASEAN.

LÍDERES MUNDIAIS

“O Brasil trabalha para ser membro pleno. O país tem de acreditar na sua economia. A visita foi a primeira de um presidente brasileiro à ASEAN. Espero que a gente possa ter um entrosamento cada vez mais forte e possa sair com uma perspectiva muito positiva. O mundo está a exigir dos líderes políticos mais competência de negociação, mais vontade de fazer as coisas acontecerem”, disse Lula.

Lula com Kao Kim Hourn, Secretário-geral da ASEAN

Durante a coletiva conjunta, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, destacou a amizade pessoal com Lula e a afinidade de valores entre os dois países. Segundo o primeiro-ministro, Lula é um líder que representa a classe trabalhadora, cuida dos pobres e desprivilegiados e tem coragem de se opor aos horrores do mundo com dignidade. Ibrahim elogiou a liderança do presidente brasileiro e ressaltou que o encontro consolida a parceria entre Brasil e Malásia fortalece a parceria entre os dois países em comércio, tecnologia, educação e cultura.

“Este é um encontro entre amigos que compartilham convicções e ideias. Tenho certeza de que nossos países vão trabalhar juntos como parceiros em diferentes áreas”, disse Anwar Ibrahim.

Ele também agradeceu a hospitalidade do Brasil em fóruns internacionais, como o BRICS, e reafirmou a importância da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) ser realizada no país. “Este não é um encontro diplomático ordinário. É um encontro de amigos que compartilham ideais”, disse Ibrahim.

BRASIL E MALÁSIA: NOVO PATAMAR

Para Lula, a visita também teve caráter estratégico global. Ele criticou o protecionismo e destacou a importância de paz, livre comércio e humanismo. “A relação do Brasil com a Malásia muda de patamar a partir de hoje. Temos possibilidade de mudar o mundo e fazer com que as coisas sejam melhores, de mostrar que o humanismo não seja derrotado pelo político”, afirmou.

O presidente brasileiro também falou sobre sua trajetória pessoal e o compromisso com políticas sociais: “Quando assumi em 2003, tínhamos 54 milhões de pessoas passando fome. Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome. Retornei ao governo e, em dois anos e meio, conseguimos reduzir novamente a fome. Cuidar dos pobres é a coisa mais barata e fácil de se fazer”, disse.

Lula criticou a falta de governança global e a ineficácia de instituições multilaterais diante de guerras recentes e crises humanitárias, como o conflito em Gaza. Ele também destacou a urgência das questões climáticas e a necessidade de instrumentos globais de governança. “Como vamos evitar que o planeta seja destruído, se sabemos o que o destrói e não tomamos atitude? A COP30, em Belém, será a COP da verdade”. Segundo Lula, os líderes precisam pensar no planeta e adotar instrumentos de governança global eficazes.

INTENSIFICAR O COMÉRCIO

O presidente brasileiro afirmou que um dos principais problemas do mundo é a falta de lideranças capazes de conter guerras e combater a fome. “Na ausência de lideranças, tudo que é de pior pode acontecer”, avaliou. O presidente destacou ainda que o comércio bilateral precisa crescer, atualmente limitado a apenas US$ 6 bilhões. “Precisamos juntar nossas preocupações, identificar similaridades e fortalecer a transferência de tecnologia e conhecimento entre os países”, disse.

O encontro foi descrito pelos líderes como um encontro de amigos e não apenas diplomático, com o compromisso de transformar a relação Brasil-Malásia em um pilar estratégico de comércio, investimentos, política e cultura, além de abordar questões globais como governança, direitos humanos e mudanças climáticas.

Lula enfatizou que a parceria vai além do interesse comercial: “Temos possibilidade de mudar o mundo, de fazer com que as coisas sejam melhores. Precisamos de mais comida e menos armas, de paz e não de guerra, de livre comércio e não de protecionismo”. O presidente também destacou o papel do Estado no cuidado com os mais pobres: “Governar é fazer escolhas. Para um governante, andar de cabeça erguida é mais importante que um Prêmio Nobel. Cuidar das pessoas mais humildes é quase uma missão bíblica.”

DOUTOR HONORIS CAUSA

Na sexta-feira (25), o presidente Lula recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia (UKM), em Kuala Lumpur. Na homenagem, Lula afirmou ser “uma honra” receber o título de uma instituição que simboliza o compromisso da Malásia com o progresso e a transformação social. “Tenho muito orgulho de ser o presidente que mais criou instituições de ensino técnico e superior, mesmo sem ter diploma universitário. E que abriu as portas das universidades aos filhos das classes trabalhadoras”, afirmou.

Lula recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia (Ricardo Stuckert)

O presidente destacou que tanto o Brasil quanto a Malásia compartilham uma trajetória semelhante na luta pela democratização do ensino superior, antes restrito às elites. Ele ressaltou que a educação é essencial para promover justiça social e dignidade. “Hoje, o Brasil projeta um futuro em que o desenvolvimento não se limita ao crescimento da riqueza de poucos”, disse.

“Brasil e Malásia partilham valores fundamentais como a defesa do diálogo, da cooperação, do multilateralismo e da justiça social”, disse Lula. Ele enfatizou a importância da ação solidária entre as nações do Sul e defendeu a reforma das instituições internacionais. “É inaceitável que os países ricos tenham nove vezes mais poder de voto no FMI do que o Sul Global”, criticou.

O presidente também destacou o papel do BRICS na construção de uma nova ordem mundial “menos assimétrica e mais pacífica”. Segundo ele, “a defesa de uma ordem baseada no diálogo, na diplomacia e na igualdade soberana das nações está no cerne da proposta brasileira de reforma das Nações Unidas”.

Lula fez duras críticas ao modelo neoliberal e à concentração de riqueza global. “Três mil bilionários ganharam 6,5 trilhões de dólares desde 2015. Essa cifra supera o PIB nominal anual da ASEAN e do Brasil somados”, apontou. Para ele, “não podemos vislumbrar um mundo diferente sem questionar um modelo que aprofunda as desigualdades”. “Na busca por lucros ilimitados, muitos se esquecem de cuidar do planeta Terra”, alertou, lembrando que as mudanças climáticas podem empurrar mais de 130 milhões de pessoas à extrema pobreza até 2030.

Ao concluir, Lula dedicou o título ao povo do Brasil. “Esse diploma não é do Lula. Esse diploma é de 215 milhões de brasileiros”, afirmou, sendo aplaudido pela plateia. Ele ainda expressou o desejo de estreitar os laços entre Brasil e Malásia por meio da educação e do intercâmbio científico. “Espero que o português do Brasil possa ser ouvido nos corredores da Universidade Nacional da Malásia”, disse. “Eles serão embaixadores da amizade entre nossos povos e formarão um corredor de ideias e inovação.”


Leia a íntegra da declaração à imprensa do presidente Lula durante visita à Malásia

É com muita alegria que eu estou nessa querida cidade, Kuala Lumpur. Eu tenho na minha cabeça a ideia de que a relação entre seres humanos é uma coisa muito química. Quando a gente encontra um ser humano, a gente gosta ou não gosta da pessoa à primeira vista.

E desde a primeira vez que eu encontrei com o nosso querido companheiro Anwar Ibrahim [primeiro-ministro da Malásia] e nos cumprimentamos, eu tinha certeza de que eu estava diante de um amigo. De alguém que, como eu, tinha sido perseguido, de alguém que, como eu, tinha sido preso, de alguém que, como eu, tinha sido vítima de uma determinação de acabar com a sua carreira política. Isso aconteceu com Vossa Excelência, e isso aconteceu comigo. E cá estamos nós dois, você como primeiro-ministro da Malásia, e eu como presidente da República, para causar um pouco de raiva nos nossos inimigos.

É assim que as coisas acontecem no mundo. A relação do Brasil com a Malásia muda de patamar a partir de hoje. Eu não vim aqui apenas com o interesse de vender ou com o interesse de comprar. Eu vim aqui dizer ao primeiro-ministro Anwar Ibrahim que nós temos possibilidade de mudar o mundo. De fazer com que as coisas sejam melhores, de fazer com que o humanismo não seja derrotado pelos algoritmos. De dizer ao mundo que o mundo precisa de paz e não de guerra. De dizer ao mundo que nós precisamos de livre comércio e não de protecionismo.

De dizer ao mundo que nós precisamos de mais comida e de menos armas. Esse é o objetivo da minha visita à Malásia. E eu quero que o primeiro-ministro saiba que eu levo essas questões com muita seriedade.

Eu disse ontem numa entrevista e vou dizer agora: quando nós governamos um país, eu no meu Brasil não gosto de usar a palavra governar. Eu gosto de usar a palavra cuidar. Porque a nossa missão é cuidar do povo que nós representamos. E cuidar do povo significa cuidar das pessoas mais necessitadas. Aqueles que efetivamente precisam do papel do Estado são os mais necessitados.

Os ricos não precisam do Estado. Muitas vezes os ricos usurpam e usufruem de coisas do Estado que deveriam ser dedicadas às pessoas mais pobres. Então eu tenho uma obsessão, primeiro-ministro. Uma obsessão. Eu digo sem nenhuma vergonha que eu nasci numa cidade em que as pessoas morriam de fome antes de completar cinco anos de vida. E eu sobrevivi. Eu fui comer um pedaço de pão na minha vida pela primeira vez aos sete anos de idade. E eu sobrevivi. E isso me fez colocar a questão dos deserdados do mundo. Dos pobres que muitas vezes são chamados e cuidados como se fossem invisíveis. As pessoas não querem enxergar os outros pobres. Parece que eles não existem aos olhos do mundo.

Mas eles são milhões, milhões e milhões, que muitas vezes estão à espera de apenas um gesto. Estão à espera que uma pequena parcela do orçamento de cada país seja dedicada a eles. Para resolver problemas elementares: da comida, da educação, da moradia. Que custa tão pouco. Custa tão pouco, mas é tratado como se fosse impossível cuidar dos pobres. Eu nunca consegui entender.

No caso do Brasil, quando eu tomei posse em 2003, nós tínhamos 54 milhões de pessoas passando fome. Em 2014, a ONU reconheceu o Brasil como um país fora do Mapa da Fome. Eu fiquei fora do governo 15 anos. E quando eu votei, outra vez tinha 33 milhões de pessoas passando fome. Em apenas dois anos e meio, nós acabamos com a fome. Uma demonstração de que é plenamente possível. E eu digo sempre que a coisa mais barata, a coisa mais fácil de a gente fazer é cuidar dos pobres. Eles custam pouco. E muitas vezes no orçamento parece que é muito, porque eles são muitos. E como tem muita gente pobre, parece muito dinheiro no orçamento. Mas é pouco se a gente comparar com o dinheiro que vai para outras coisas.

É apenas uma definição de prioridades. É apenas uma definição de escolha. Porque governar é fazer escolhas. Governar é decidir para quem você quer governar, de que lado você está, com quem você vai fazer relações. E eu sempre digo que a coisa mais fácil para um homem governar uma nação é você saber de onde você veio e você saber para onde você vai voltar. É você não esquecer a sua origem. É você não esquecer o seu berço. E não ter vergonha das coisas que você fez.

Para um governante, andar de cabeça erguida é mais importante que um Prêmio Nobel. Para um governante, cuidar das pessoas mais humildes é quase que uma obrigação bíblica. É um mandamento de Deus. Porque é para isso que a gente vem para governar.

E quando eu digo que um líder tem que fazer escolhas, é porque nós temos que decidir sempre. Toda decisão de um primeiro-ministro ou de um presidente da República, é para decidir para um lado ou para o outro lado. Para quem que você atender. E nós temos que fazer escolhas.

E uma das escolhas que a gente tem que fazer, é se a gente quer ser um líder respeitado. Ou temido. O líder respeitado, ele pode ser amado pelo seu povo. O líder temido, ele pode ser odiado pelo seu povo. Porque essa é a grande mensagem que a liderança tem que passar para o mundo. Quem é que se conforma com a duração da guerra entre a Ucrânia e a Rússia? Quem é que pode se conformar com o genocídio impetrado na Faixa de Gaza durante tanto tempo? E não só a violência dos tiros e das guerras e das bombas, mas a violência de utilizar a fome, a vontade de comer de uma criança, como forma de torturá-las.

Quando nós aceitamos isso como normal, nós não estamos sendo seres humanos. Estamos sendo outra coisa. Que eu possivelmente não sei o que seja. Mas seres humanos nós não somos quando aceitamos isso como normal.

E por que isso acontece? Porque as instituições multilaterais que foram criadas para tentar evitar que essas coisas acontecessem, pararam de existir. Hoje, o Conselho de Segurança da ONU e a ONU não funcionam mais. Não funcionam. Todas as guerras acontecidas nos últimos tempos foram guerras determinadas por gente que faz parte do Conselho de Segurança da ONU. E que não consultou, e que não aprovou em nenhum fórum.

Foi assim com a guerra do Iraque. O Bush [George W. Bush, ex-presidente dos Estados Unidos] não consultou a ONU. Foi assim com a invasão da Líbia, Inglaterra e França não consultaram o Conselho de Segurança. Foi assim, sabe, com a Rússia e a Ucrânia. A Rússia é membro fixo do Conselho de Segurança, mas também não consultou a ONU. E assim as coisas vão acontecendo, sem que haja nenhuma governança mundial capaz de dizer que não pode ser assim.

E entra a questão global. Entra a questão do clima. Ora, como é que nós vamos evitar que o planeta possa ser destruído se nós sabemos o que está destruindo o planeta e não tomamos atitude para evitar que ele seja destruído? Nós tomamos as decisões numa COP e quem é que vai cumprir essa decisão? O Protocolo de Kyoto até hoje não foi levado em prática. O Acordo de Paris muita gente não está respeitando. As decisões da COP no Brasil, da COP30, eu tenho dito que ela será a COP da verdade.

Ela será a COP em que a gente vai ter que dizer se a gente acredita ou não nas informações que a ciência está nos dando. O planeta corre ou não corre risco? As pequenas ilhas do Atlântico e do Pacífico correm ou não correm risco? E esse risco afeta mais as pessoas pobres que moram nas periferias das grandes metrópoles, que serão vítimas dos desastres climáticos: da seca, da chuva, do vento e do furacão.

E nós, líderes políticos, é que temos que tomar decisão: O que fazer? Não cada um pensando no seu país ou na sua pátria. Chega o momento em que a gente tem que pensar no planeta. E aí é que é preciso ter instrumentos de governança global. E é isso que nos faz falta hoje. Faz falta para a Malásia, faz falta para o Brasil e faz falta para o mundo.

Por isso, meu querido amigo, eu digo sempre que a gente não escolhe pai. A gente não escolhe mãe. A gente não escolhe, sabe? Amigo a gente escolhe. E eu quero lhe dizer que você, meu caro amigo Anwar Ibrahim, eu considero como meu amigo. Pelo seu passado, pela sua luta e pela sua tenacidade de enfrentar adversidades.

Eu quero que os ministros brasileiros e as ministras saiam daqui com a certeza de que essa visita de hoje é extremamente importante. Primeiro, pela amizade do primeiro-ministro de nos convidar para participar da ASEAM. Nós somos o primeiro país da América Latina a ser convidado para participar. Não é pouca coisa. E isso só pode acontecer quando existe um grau de confiança entre as pessoas. E eu espero que a participação do Brasil amanhã e depois da manhã, na segunda-feira, seja bastante relevante.

Não se esqueça de que eu faço aniversário na segunda-feira. Não se esqueça de que você prometeu que eu ia completar o aniversário aqui na Malásia. Então é importante lembrar.

E eu queria terminar, eu nem li o meu discurso aqui porque eu acho que a reunião foi tão importante entre os nossos ministros. Eu acho que há tanta confluência entre os nossos pensamentos que basta agora a gente fazer com que as nossas pessoas trabalhem de forma, sabe, com muito afinco para que possa acontecer nos próximos anos aquilo que não aconteceu em tantos outros anos. Porque não é possível que Malásia e Brasil tenham um fluxo comercial de só 6 bilhões. Não é possível. Alguma coisa está errada, sabe, no nosso comportamento. Alguma coisa está errada no nosso governo. Alguma coisa está errada nos nossos empresários. Alguma coisa está errada. Porque nós precisamos ter consciência de que um dos problemas que o mundo tem hoje é a ausência de lideranças. E na ausência de lideranças, tudo que é de pior pode acontecer.

Então, meus queridos companheiros ministros da Malásia e ministros brasileiros, nós vamos sair daqui com a missão. E a nossa missão é muito responsável. Nós precisamos da Malásia e a Malásia precisa do Brasil. E quem tem que cuidar disso somos nós. Ninguém está preocupado com a Malásia como vocês. Ninguém está preocupado com o Brasil como nós. Então, nós temos que juntar nossas preocupações. Saber o que nós temos de similaridade.

O que a Malásia pode vender para o Brasil. O que a Malásia pode transferir de tecnologia para o Brasil. O que o Brasil pode vender para a Malásia ou transferir tecnologia, transferir conhecimento. Até a dança carioca, a dança do Rio o primeiro-ministro pode aprender com muita facilidade. É só deixar um pouco de disponibilidade na sua agenda, porque só agenda de trabalho não dá certo.

Então, eu quero terminar essa entrevista aqui dizendo o seguinte: os acordos que foram firmados estão firmados. Nós vamos voltar para o Brasil com a certeza de que há 30 anos não vinha um presidente brasileiro na Malásia. Há 30 anos. O que é impensável, porque já faz muito tempo que a Malásia é tida e vendida aos olhos do mundo como lugar de extraordinário crescimento e desenvolvimento. E a gente poderia ter vindo aqui muito mais vezes.

Mas sempre tem a primeira vez. E eu quero terminar dizendo ao meu amigo, primeiro-ministro Ibrahim: esteja certo de que essa viagem vinha à Malásia, e esse carinho com que você está nos convidando para a viagem mudará a história da relação Brasil-Malásia.

Muito obrigado.

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