Lula em Angola presta homenagem à Mãe Bernadete: “vítima da intolerância”

Lula e o presidente de Angola, João Lourenço. Foto: Ricardo Stuckert - PR

O presidente Lula afirmou, em discurso feito no parlamento de Angola, que a Mãe Bernadete, liderança quilombola assassinada no dia 17 de agosto, “foi vítima da intolerância dos que querem calar os mais vulneráveis”.

Bernardete Pacífico foi assassinada a tiros dentro da Associação Quilombo Pitanga dos Palmares, na região metropolitana de Salvador, por dois homens que entraram usando capacetes.

Lula celebrou a luta de Mãe Bernadete, que deu inspiração “às atuais políticas de promoção da igualdade racial e de gênero, que são centrais no meu governo”. Ele discursou na Assembleia Nacional de Angola, em Luanda, na sexta-feira (25).

“Aproveito essa sessão solene para prestar minha homenagem à grande Bernadete Pacífico, líder quilombola que atuou corajosamente na defesa de sua comunidade na Bahia. Bernadete foi vítima da intolerância dos que querem calar os mais vulneráveis”, afirmou o presidente.

Lula agradeceu o apoio de Angola na luta pela democracia no Brasil e denunciou a “tentativa de um golpe” que foi levada à frente pelo “ex-presidente da República”, Jair Bolsonaro.

O presidente Lula disse, ainda, que o Brasil vai voltar a estreitar os laços com países africanos, que nos últimos anos foram tratados “com indiferença” pela política externa brasileira.

Sete compromissos entre Brasil e Angola já foram assinados nesta visita de Lula. Um plano conjunto para o desenvolvimento agrícola angolano, em especial no Vale do Rio Cunene, fez parte dos acordos.

Lula falou que o Brasil é o “parceiro ideal” para ajudar na “revolução agrícola” em Angola. Outros programas na áreas de Saúde, Educação e Turismo, além de apoio a micro e pequenas empresas, foram anunciados.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que faz parte da comitiva brasileira, participou de um encontro com parlamentares angolanos e tratou de fortalecer os laços de amizade e cooperação entre os países. Orlando afirmou que “um novo tempo” foi aberto com a eleição de Lula sobre Bolsonaro, possibilitando novas ações entre Brasil e Angola.

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