
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (2) mostra que a gestão de Lula (PT) tem reprovação de 40% e aprovação de 29%. A desaprovação é a mesma do levantamento anterior.
Levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.
Desse modo, a desaprovação estancou, isto é, parou de subir. A tendência, agora, é a aprovação do chefe do Executivo subir. Há, nesse sentido, conjunto de fatores que tem a ver com os desdobramentos do tarifaço e outros que não.
Depois da longa tensão entre o anúncio do tarifaço, dia 9 de julho, quando Trump enviou carta a Lula, veio a assinatura do decreto, em que quase 700 produtos ficaram de fora das sanções americanas.
Entre a carta do republicano, que misturou alegações comerciais e políticas para justificar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, e do decreto de Trump, o presidente mobilizou o país a fim de enfrentar a arrogância americana e buscar soluções e entendimentos para reduzir os danos causados pelos Bolsonaros.
PAROU DE CAIR
Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para Lula, mas houve manutenção da avaliação de “ruim/péssimo”, enquanto a de “ótimo/bom” oscilou de 28% para 29%, na rodada anterior da pesquisa.
A avaliação do governo como “regular” teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não opinou.
DESAPROVAÇÃO
A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de “classe média” baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).
De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentava taxas piores. Após 2 anos e 8 meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.
A pesquisa divulgada neste sábado também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo federal e 46% aprovam, e apontam estabilidade estatística, em relação ao levantamento de junho, segundo o Datafolha.