Lula estreita laços com a Índia e países do sudeste asiático em nova viagem

Presidente se despende entregando o cargo ao vice Geraldo Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert - PR)

O presidente Lula vai se reunir, no domingo (26), com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante viagem à Malásia, onde participarão da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Lula embarcou para a viagem nesta terça-feira (21). Ele vai cumprir agendas na Indonésia e na Malásia.

“Um encontro bilateral já confirmado é com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. A Índia vai ser sede ano que vem de uma cúpula de IA [Inteligência Artificial] e já houve uma pauta desenvolvida entre os países como áreas prioritárias. Vai ser uma pauta de cooperação de aproximação entre os dois países do Sul Global”, declarou o diretor do departamento de Índia, Sul e Sudeste da Ásia do Itamaraty, embaixador Everton Frask Lucero.

A Índia é considerada um país estratégico e fundamental nas parcerias que o Brasil tem construído internacionalmente, especialmente por ser membro do BRICS.

Lucero destacou que “é a primeira vez que um presidente brasileiro participa, como convidado, de uma cúpula da ASEAN”.

“É uma oportunidade de encontro e reunião com diversos líderes mundiais, já que todos os grandes países têm algum tipo de relação com a ASEAN e participam da cúpula”, continuou. O comércio do Brasil com países membros do grupo passou de US$ 37 bilhões em 2024.

O presidente Lula será recebido em Jacarta, capital da Indonésia, pelo presidente Prabowo Subianto. A Indonésia tornou-se membro pleno do BRICS em janeiro.

Para a reunião entre Lula e Subianto estão previstas assinaturas de memorandos de entendimento como para a área de energia renovável. Também haverá um fórum com empresários dos dois países.

Na Malásia, o presidente Lula será recebido pelo primeiro-ministro Anwar Ibrahim, com quem terá uma reunião bilateral, durante a qual serão assinados memorandos para a produção de semicondutores, além de outros assuntos. O país é considerado “país parceiro” do BRICS.

O presidente brasileiro separou uma parte do domingo (26) somente para reuniões bilaterais, mas os nomes dos demais líderes ainda não foram confirmados.

Existe a possibilidade de uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que depende de “alinhamento de agendas”, segundo assessores de Lula.

Os dois já tiveram uma conversa por telefone para começar as tratativas acerca das tarifas impostas de forma unilateral pelos EUA contra produtos brasileiros. O chanceler Mauro Vieira também se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para discutir o assunto.

As tarifas foram impostas por Donald Trump para pressionar o Judiciário brasileiro a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, o que deu errado. Após a condenação, Trump mudou o tom sobre Lula e o Brasil, passando a abrir canais de negociação.

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