Segundo ele, isso é mais do que foi feito em 4 anos do governo passado. Sobre a Norte-Sul, ele disse que, “se dependesse de nós, esta obra já teria terminado há muitos anos”. Afirmações foram feitas à rádios goianas
Lula afirmou nesta quinta-feira (15), em entrevista a um pool de rádios goianas, que o governo federal vai investir este ano 23 bilhões de reais somente em obras na área de transporte. Segundo ele, será um montante maior do que foi investido nos quatro anos do governo anterior.
Sobre obras e rodovias no Estado de Goiás, Lula disse que no dia 2 de julho vai anunciar o novo PAC, segundo ele, um grande programa de investimentos, em obras prioritárias dos Estados, inclusive Goiás, e a retomada das milhares de obras paradas por todo o país. Segundo Lula, só na área de Educação são mais de 4 mil obras paradas.
“Quando tomei posse, convidei os 27 governadores para falarem sobre as principais obras para o seu Estado, e o governador Ronaldo Caiado foi. A partir do dia 2 de julho, vamos anunciar muitas obras do novo PAC”, apontou o presidente Lula dizendo que seu empenho é pela retomada do desenvolvimento e que o Brasil volte a sorrir.
Assista a entrevista
Entrevista para rádios de Goiás https://t.co/GRwhdcdN7q
— Lula (@LulaOficial) June 15, 2023
A entrevista do presidente às rádios goianas aconteceu um dia antes da inauguração, em Rio Verde, no Estado de Goiás, da estrada de ferro Norte-Sul, que foi concluída este ano. Lula informou que levará com ele para a solenidade de inauguração da estrada de ferro o ex-presidente José Sarney, que foi o presidente que idealizou a obra.
Questionado sobre o porquê da Norte-Sul, obra que foi iniciada em 1987, ter demorado tanto tempo para ser concluída, Lula afirmou que 5% dela foi feita pelos governos Sarney e Fernando Henrique. Ele disse que 14 mil obras foram paralisadas no país. Segundo o presidente, 90% da estrada de ferro Norte-Sul foi construída em seu governo e no de Dilma Rousseff. Já os 5% restantes da obra, foram feitos pela concessionária. “Se dependesse de nós, esta obra já teria terminado há muitos anos’, disse Lula.
Sobre o agronegócio, Lula afirmou que não se importa se o produtor gosta dele ou não. O que eu quero é que a produção agrícola dobre. Se há problema, isso é ideológico. Se é isso, paciência. “O que eu quero é continuar apoiando os 214 milhões de brasileiros, inclusive, do agronegócio”, disse. “Não estou preocupado se alguém gosta ou não de mim. O que é importante é garantir o desenvolvimento do país”, acrescentou.
“O que interessa é que temos que aumentar a produção e a exportação. Podemos dobrar a produção agrícola brasileira”, disse ele. Podemos fazer isso sem desmatar a Amazônia ou fazer queimadas”, continuou Lula. “Ser racional, cuidar da agricultura de boa qualidade é uma necessidade competitiva do Brasil para a China e para a França, para os EUA e para a Alemanha”, destacou o presidente, ao comentar a decisão do parlamento francês contra o acordo Mercosul/UE.
“O Brasil precisa do agronegócio e do pequeno produtor”, disse Lula. “Nós temos mais de 4,6 milhões de propriedades até 100 hectares. Essas pessoas produzem a galinha caipira que a gente consome, o ovo que a gente come, o leite que a gente toma, o feijão que a gente come”, pontuou o presidente. “Essa gente também precisa ser tratada com muito respeito. Porque, se o agronegócio tem um valor extraordinário para produzir commodities para a gente exportar, o outro tem um extraordinária coragem de plantar aquilo que a gente vai comer”, completou.
“Vamos tratar a agricultura com o respeito que ela merece. Vamos inclusive recuperar a Conab, para que a gente tenha o estoque regulador. Para que a gente possa garantir preços mínimos para o cidadão que vai plantar cebola, que vai plantar alho, que vai plantar feijão, para que ele não tenha prejuízo num ano por conta de qualquer intempérie”, prosseguiu. O presidente fez questão de relembrar que seu governo sempre tratou muito bem a agricultura.