A medida, junto com outros ataques à Previdência, foi aventada pela área econômica do governo dentro do pacote de cortes sociais que eles pretendem apresentar ao presidente
O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (28) que não pretende alterar a aposentadora dos militares. Segundo a colunista do site de notícias UOL, Carla Araújo, o recado foi transmitido aos militares pelo ministro da Defesa, José Múcio, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A pressão dos especuladores e demais operadores com títulos públicos por cortes nos gastos sociais e na Previdência, para garantir maiores lucros em suas atividades parasitárias, levou alguns setores do governo a espalharem a notícia de que estudam, entre outras coisas, mexer na Previdência dos Militares.
A possibilidade foi levantada pela equipe econômica, encampada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. O plano seria incluir a revisão no pacote de cortes de gastos que ela e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) devem entregar a Lula no início de julho. Haddad está tentando “envernizar” os cortes sociais chamando-os de “redesenho das despesas”.
Vários setores da sociedade reagiram às ameaças de cortes sociais, como os pisos da Saúde e Educação, e na Previdência Social. Militares de alta patente também criticaram as intenções quanto às aposentadorias de militares. Alguns auxiliares de Lula, como o ministro da Defesa, José Múcio, alertaram o presidente para o significado da proposta.
Além de indispor o governo Lula com o conjunto das Forças Armadas, a proposta representa também a abertura de espaço para outros ataques a direitos sociais – cortes defendidos pelos neoliberais dentro e fora do governo. Seria como uma “passagem de boiada” para novas ofensivas contra a Previdência Social como um todo.