
O ex-presidente Lula se reuniu com 16 senadores de 19 Estados e 12 governadores que o estão apoiando no segundo turno das eleições presidenciais contra Jair Bolsonaro. Na reunião, os governadores destacaram a importância da defesa da democracia e do combate à fome.
O senador Alexandre Giordano (MDB-SP) declarou apoio a Lula no segundo turno, depois do seu partido ter lançado Simone Tebet no primeiro turno.
Estavam presentes o governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), a governadora reeleita do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), o governador eleito do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), o atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a atual governador do Piauí, Regina Sousa (PT), o governador eleito do Piauí, Rafael Fonteles (PT), o governador reeleito do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), o governador eleito do Ceará, Elmano Freitas (PT), o atual governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e o atual governador da Paraíba, João Azevedo (PSB).
Também participaram 16 atuais senadores e outros três que assumirão cargos no ano que vem, como Flávio Dino (PSB-MA) e Wellington Dias (PT-PI).
Em discurso, Lula disse que a luta pela democracia é, também, a luta pela qualidade de vida dos brasileiros.
“Quando a gente defende a democracia estamos defendendo liberdade política, mas também o direito desse cara comer, desse cara estudar e de morar. Ele tem o direito, não basta estar na Constituição, mas sem regulamentação”.
O ex-presidente citou a falta de regulamentação do direito de salário igual para trabalho igual, reivindicação histórica do movimento das mulheres. “Não existe razão por que essas coisas acontecem. Como é que pode um presidente da República passar quatro anos sem reajustar salário mínimo? Qual a lógica?”, criticou.
“Você faz teto de gastos para que? Para garantir que os banqueiros recebam o que lhes é devido? E vai cortar o benefício do povo, é isso?”, apontou o candidato da Coligação Brasil da Esperança.
Para Helder Barbalho, governador do Pará, a eleição de Lula é para “assegurar um modelo de desenvolvimento que garanta distribuição de renda e justiça social”. Ele ainda falou de modelos de desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Fátima Bezerra, reeleita governadora do Rio Grande do Norte, afirmou que é o momento de “fazer uma frente cada vez mais ampla” em defesa da democracia.
O governador eleito do Amapá, Clécio Luís, ressaltou a urgência de “combater a fome, que se espalhou pelo Brasil inteiro. Enquanto vamos reconstruir o Brasil com geração de emprego e renda, temos que aplacar a fome dos brasileiros”.
O senador Randolfe Rodrigues apontou que “o que está em jogo é, sobretudo, a democracia brasileira e o Brasil. Essa reunião demonstra a força da Frente Brasil da Esperança”.
A Coligação Brasil da Esperança é formada pelas federações FE BRASIL (PT/PV/PC do B) e PSOL/REDE, e mais PSB, Solidariedade, PROS, Avante e o Agir.