Lula recebe “com satisfação carta do presidente Xi Jinping”; líder chinês destaca “amizade e parceria estratégica”

Presidente Lula e o presidente da China, Xi Jinping. Fotos: Divulgação - AFP
“Reforçando os cumprimentos pelo resultado eleitoral e a visão de longo prazo das relações entre Brasil e China”, disse o presidente eleito

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, informou pelas redes sociais que recebeu uma carta do presidente da China, Xi Jinping, defendendo a amizade e uma “parceria estratégica global” entre os dois países.

O contato mostra que a relação entre os países, que já são grandes parceiros comerciais, já melhora com a saída de Jair Bolsonaro.

“Hoje recebi com satisfação carta do presidente Xi Jinping, reforçando os cumprimentos pelo resultado eleitoral, a amizade e parceria estratégica global entre nossos países e a visão de longo prazo das relações entre Brasil e China”, informou Lula em suas redes sociais.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, tanto em importações, quanto em exportações.

No entanto, o governo de Jair Bolsonaro tratou a China como se fosse um país inimigo. Os maiores ataques foram feitos na época em que a sociedade brasileira pedia a compra das vacinas Coronavac, produzidas na China.

Bolsonaro chegou a insinuar que a China poderia ter produzido em laboratório o coronavírus para se desenvolver economicamente enquanto o resto do mundo não conseguiria.

“Da China não compraremos. Não acredito que ela transmita segurança para a população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso. A [vacina] da China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população. Até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido lá”, falou Bolsonaro.

O mesmo foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelos filhos de Bolsonaro. “Chinês inventou o vírus e a vacina dele é pior que a americana. Toma aqui a Pfizer”, disse Guedes.

Eduardo Bolsonaro compartilhou uma publicação dizendo que “a culpa pela pandemia” é do “Partido Comunista Chinês”.

As agressões de Eduardo Bolsonaro contra a China foram rebatidas pelo embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming. “As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal, nem a sua qualidade como uma figura pública especial”, publicou o embaixador em seu Twitter.

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