O presidente Lula se reuniu com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e reforçou a “parceria estratégica” entre os dois países.
Lula disse que Brasil e Índia estão “do lado da paz”. Os dois líderes se encontraram durante a reunião da Cúpula do G7, que aconteceu em Hiroshima, no Japão.
Lula afirmou que vai trabalhar para retomar a “parceria estratégica” que foi estabelecida durante seus dois primeiros mandatos.
Em 2009, um importante passo na amizade e relação entre os países foi dado com a formação do BRICS, hoje composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Brasil e Índia são países com grandes contribuições para a economia e política global”, apontou Lula.
O governo indiano disse que Lula e Narendra Modi “discutiram formas de aprofundar a cooperação Índia-Brasil em setores-chave de desenvolvimento”.
“A Índia e o Brasil continuarão trabalhando juntos para aprofundar os laços comerciais. Também discutimos a diversificação da cooperação em setores como agricultura, defesa e outros”, acrescentou o primeiro-ministro indiano.
Segundo Lula, “falamos hoje também sobre a guerra na Ucrânia e a necessidade de construção de saídas para o conflito. Estamos do lado da paz”.
Narendra Modi disse que o Brasil e a Índia estão “interessados na manutenção da paz no mundo”.
Em discurso feito para todos os líderes do G7 e dos países convidados, Lula afirmou que a solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia deve passar pela negociação de paz. “Nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Precisamos trabalhar para criar o espaço para negociações”.
“A cada dia em que os combates prosseguem, aumentam o sofrimento humano, a perda de vidas e a destruição de lares”.
“Tenho repetido quase à exaustão que é preciso falar da paz”, enfatizou.
VIETNÃ
Ainda na reunião do G7, o presidente Lula se encontrou com o primeiro-ministro do Vietnã, Phạm Minh Chính, para discutir o aprofundamento da relação entre os dois países.
Pham Minh Chính propôs um acordo Vietnam-Mercosul. Lula disse que esse acordo pode ser feito quando o Brasil assumir a presidência do bloco. Os dois ainda falaram sobre cooperação nas áreas de Ciência e Tecnologia.
O primeiro-ministro do Vietnã fez coro com o presidente Lula sobre a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU buscando maior representatividade para os países emergentes e uma ordem multipolar.
Lula falou que “sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI”.