
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou na segunda-feira (5) com o presidente da Bolívia, Luis Arce.
O encontro, que fez parte da agenda de campanha do candidato ao Palácio do Planalto na eleição deste ano, abordou temas como a conjuntura na América Latina e no mundo.
No encontro, em um hotel de São Paulo, Lula prometeu a Luis Arce trabalhar, se eleito, para o ingresso da Bolívia no Mercosul. A entrada já foi aprovada pelos congressos da Argentina, Paraguai e Uruguai. Falta o brasileiro.
“Encontrei hoje com o presidente Luis Arce, da Bolívia. Conversamos sobre a conjuntura na América Latina e no mundo”, postou o petista em sua conta no Twitter.
Também estavam presentes no encontro o coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, o ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo do Estado, Fernando Haddad, além do ex-chanceler Celso Amorim.
À imprensa, após o evento, o ex-ministro das Relações Exteriores salientou que a conversa de Lula e Arce girou em torno das relações entre os países vizinhos.
“O ex-presidente se comprometeu, caso eleito, a acelerar a integração da Bolívia ao Mercosul, que é muito importante, inclusive para as relações internacionais com a Europa e com a China”, disse o ex-ministro.
Atualmente, a Bolívia está em processo de adesão ao Mercosul e desfruta de tratados de livre comércio, mas não recebe os benefícios de um membro.
“É muito importante para a Bolívia e importante para nós, porque a Bolívia no Mercosul também nos facilita o contato com todo o conjunto da Comunidade Andina, da qual ela também é membro”, acrescentou Amorim.
A passagem do presidente da Bolívia pelo Brasil foi marcada também pela ausência de agendas com Jair Bolsonaro ou com integrantes de seu governo. Quando eleito, em 2020, Arce foi cumprimentado por todos os líderes de países latinos, exceto Bolsonaro.
Arce é um dos líderes do MAS (Movimento ao Socialismo), partido de Evo Morales, que governou a Bolívia de 2006 a 2019.