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Ciro Gomes (PDT) cresceu de 7% para 8%. A senadora Simone Tebet (MDB) caiu de 3% para 2%. Bolsonaro perde para Lula e Ciro no segundo turno
Levantamento, encomendado pelo BTG Pactual e feito pela FSB Pesquisa, divulgado nesta segunda-feira (15), após a desistência de André Janones, que até então tinha 2% das intenções de voto, mostra crescimento de 4 pontos percentuais de Lula, que chega a 45%, enquanto Bolsonaro ficou estacionado nos 34%. Na simulação de 2º turno, Lula foi a 53%, enquanto Bolsonaro oscilou de 39% para 38%.
Segundo o Instituto FSB, o crescimento do petista foi influenciado pela desistência de André Janones (Avante), que retirou a candidatura e anunciou apoio a Lula.
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O novo levantamento apontando o ex-presidente com 45% das intenções de voto é o segundo melhor resultado de Lula desde março. Na última pesquisa, Lula tinha 41% dos votos. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manteve estável nas intenções de voto, com 34%. O levantamento também mostra que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) cresceu de 7% para 8%. A senadora Simone Tebet (MDB) caiu de 3% para 2%.
Nas simulações de segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 53% a 38%, segundo a pesquisa. Na simulação, Lula ganhou dois pontos percentuais e Bolsonaro perdeu um. Nas simulações testadas, além de Bolsonaro, Lula vence Ciro Gomes e Simone Tebet. Já Bolsonaro, só vence Tebet.
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Na pesquisa espontânea, ou seja, quando não é mostrado nenhum candidato, o crescimento de Lula também foi expressivo, foi de 38% para 41%. Já Bolsonaro variou na margem de erro, indo de 31% para 32%.
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Lula vence Bolsonaro em todas as faixas etárias e entre homens e mulheres. Vence também em todos os níveis de escolaridade. O ex-presidente vence também entre os que ganham até 2 salários mínimos. Empata entre os que ganham entre 2 e 5 salários mínimos e perde entre os que ganham mais de 5 salários. Bolsonaro vence entre os evangélicos e perde entre os que professam outras religiões, como também entre os sem religião. Lula vence bem no Nordeste. Vence no Sudeste e perde no Sul e Centro Oeste.
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A grande maioria da população já está decidida sobre seu voto. 75% diz que não muda o voto. 22% dizem que podem mudar. Os mais decididos são os eleitores de Lula e Bolsonaro. O campeão de rejeição continua sendo Jair Bolsonaro.
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A avaliação do governo Bolsonaro interrompeu sua trajetória de melhora e estabilizou-se em 33% de ótimo/bom, 21% de regular e 44% de ruim/péssimo. A taxa de aprovação do jeito de governar do presidente também não voltou a melhorar. 55% dos entrevistados desaprovam o governo Bolsonaro e 38% aprovam.
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A avaliação do instituto é que, em princípio, o efeito positivo que a redução no preços dos combustíveis poderia ter na intenção de voto de Bolsonaro em grande parte já se realizou: o percentual dos que perceberam a baixa do valor nas bombas ficou estável em quase 2/3 do eleitorado (64%). E também não cresceu a fatia do eleitorado que enxerga no governo federal a paternidade da redução.
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A pesquisa aponta, ainda um outro dado importante: apesar da melhora do quadro inflacionário, apenas 21% dos entrevistados afirmam que sua situação financeira individual melhorou nos últimos 30 dias. Outros 44% dizem que permaneceu igual e 34% dizem que ela piorou. Ou seja, uma fatia importante do eleitorado ainda não sentiu efeitos positivos no próprio bolso.
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A pesquisa mostra também que a grande maioria dos brasileiros que recebem o Auxílio Brasil vai votar em Lula.
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Foram entrevistadas 2.000 pessoas entre sexta-feira (12) e domingo (14). A margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-00603/2022.