Anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa
A Caixa Econômica Federal suspendeu na terça-feira (20) a cobrança da taxa de transferências via PIX para empresas. De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a medida atende ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em comunicado, a Caixa informou que suspendeu a cobrança de taxa para transferências feitas via PIX para pessoa jurídica, com o objetivo de que seus clientes possam se adaptar à regra.
“A medida visa ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar e receber amplo esclarecimento do banco sobre o assunto, dada a proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulação. A decisão da Caixa de cobrar pelo serviço estava definida desde o ano passado e não foi executada devido à necessidade de adequação dos sistemas internos”.
“A prática de cobrança da tarifa Pessoa Jurídica foi autorizada pelo Arranjo PIX, em conformidade com a Resolução Nº 30/2020 do Banco Central do Brasil, de 22 e outubro de 2020, e é realizada por praticamente todas as instituições financeiras desde sua implementação”, acrescenta o banco através de sua nota.
A medida foi anunciada no início desta semana e entraria em vigor no dia 19 de julho, mas pessoas físicas e Microempreendedores Individuais (MEIs) continuariam isentas de taxas. A jornalistas, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a cobrança vai ficar suspensa pelo menos até a volta do presidente Lula, que está em viagem oficial à Europa.
“Vamos aguardar o retorno do presidente para avaliar essa medida, em que prazo e em que condições tomar. Isso será reavaliado”. “Foi pedido que suspendesse temporariamente, até que o presidente esteja de volta da Europa, na semana que vem, para que isso seja avaliado”, explicou Rui Costa.
Bolsonaristas têm usado a informação sobre a cobrança do Pix de PJs pela Caixa para praticar desinformação, com o fim de prejudicar o governo. Segundo Rui Costa, a presidente da Caixa, Rita Serrano, explicou a ele que “todos os bancos já cobram essa taxa de pessoas jurídicas” e que o “único banco que não cobrava era a Caixa, por questões técnicas, de tecnologia”. “Resolvida a questão da tecnologia, ela não esperava que tivesse essa repercussão da Caixa em acompanhar todos os outros bancos”, disse o ministro.