Lulistas jogaram tinta vermelha em uma das entradas do Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (24), por volta das 12h30, em um ato de vandalismo que causou indignação entre os magistrados.
De acordo com seguranças do tribunal, de 20 a 30 pessoas chegaram em duas vans e atiraram bexigas cheias com a substância na área externa do edifício aos gritos de “Lula livre”. Eles contaram que parte dos manifestantes usava máscaras e narizes de palhaço.
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou nota de repúdio ao que chamou de “atos de vandalismo” na sede do STF. “A AMB tem advertido, em diversas oportunidades, para os riscos que a democracia brasileira tem corrido e reitera os seus posicionamentos para denunciar a intenção escusa dos ataques frequentes ao Poder Judiciário, na clara tentativa de constranger a Justiça”, diz o texto.
Segundo a entidade, “não se pode admitir, sob qualquer pretexto, atos de vandalismo como este que atinge a mais alta instância do Judiciário brasileiro”. A AMB acrescentou “que atos dessa natureza não podem permanecer impunes”.
A Secretaria de Segurança do STF informou que providências para apurar o ato já foram adotadas. “Imagens e informações dos envolvidos, bem como números de placas de veículos foram coletadas pela segurança do tribunal e contribuirão para as investigações”, destaca em nota.
Lula está preso em Curitiba desde 7 de abril, depois de ter sido condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex de Guarujá. A pena foi fixada em 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).