Um grupo de lulistas voltou a fazer confusões na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciando o início de uma greve de fome por Lula.
Após lerem um manifesto, seis lulistas foram retirados do local por seguranças da corte. Houve empurrões, e três manifestantes caíram. O local da confusão, a área externa do Salão Branco, por onde os ministros do Supremo chegam para as sessões plenárias, já foi alvo de vandalismo dos simpatizantes de Lula, que jogaram tinta vermelha no local na semana passada.
O grupo, formado por quatro homens e duas mulheres ligados a movimentos como o MST e a Central dos Movimentos Populares do Brasil (CMP), além do frei Sérgio Antônio Görgen (que já fez várias greves de fome), informou que a greve de fome não tem data para terminar e deve se estender até que o ex-presidente seja solto.
Eles disseram que todos os dias passarão algumas horas em frente ao Supremo. “Nós vamos voltar ao STF até quando tivermos força física para isso. Quando não tivermos mais forças outros companheiros estarão acampados permanentemente na frente do STF para divulgar a greve de fome”, disse um manifestante.
Do lado de fora, cerca de 40 pessoas carregavam cartazes e faixas pró-Lula fazendo provocações contra a Justiça, aos gritos de “Judiciário golpista”, “canalhas”, e “injusta condenação (de Lula)”.
A greve de fome começou com uma refeição, em que almoçaram costela com mandioca, arroz, feijão e melancia de sobremesa. O almoço foi servido num local mantido pelos movimentos em Brasília. Segundo Luiz Gonzaga, o Gegê, líder da CMP, esta foi a última refeição deles até que o STF determine a libertação de Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula foi sentenciado a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação foi proferida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).