
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deixou o cargo por conta da pressão após a revelação do esquema que roubou dinheiro de aposentados e pensionistas, mas reforça que seu nome “não foi relatado em nenhum momento”.
O próprio ministro anunciou que está deixando o governo Lula em nota publicada nas redes sociais.
“Faço questão de destacar que todas as apurações foram melhoradas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, disse Lupi. “Meu nome não foi citado em nenhum momento na investigação em curso”.
“Espero que as investigações sigam seu curso normal, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que adquiriram suas funções para capacitar o povo brasileiro”, completou a nota.
Carlos Lupi declarou que vai seguir “colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários seja devolvido integralmente”.
O novo ministro da Previdência Social será o ex-deputado Wolney Queiroz, que já foi secretário-executivo da pasta. Em suas redes sociais, Wolney falou que é “uma honra ser empossado pelo presidente Lula como novo Ministro da Previdência Social do Brasil”.
O presidente Lula publicou uma foto ao lado de Wolney informando que assinou sua posse.
A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) deflagraram a Operação Sem Desconto que desbaratou o esquema criminoso que se apropriava de parte de pensões e reformas.
Algumas associações e sindicatos de aposentados fraudaram documentos para conseguir receber o pagamento das contribuições mensais diretamente junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
O esquema roubou, desde 2019, até R$ 6,3 bilhões dos investidores. A quadrilha contava com lobistas que pagavam propinas a funcionários federais.