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A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, expulsou o estudante de direito que apareceu em vídeo durante as eleições dizendo que a “negraiada vai morrer”.
Vestindo uma camiseta de Jair Bolsonaro, Pedro Baleotti apareceu no vídeo vociferando: “indo votar ao som de Zezé, armado com faca, pistola, o diabo, louco pra ver um vadio vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo, ó, tá vendo essa negraiada (apontando a câmera para uma moto que passava na rua), vai morrer, vai morrer, é capitão caralho!”.
A Universidade Mackenzie informou que, após os trâmites institucionais, “o aluno foi expulso e receberá todos os documentos quanto aos créditos cumpridos”, pois “a instituição não coaduna com atitudes preconceituosas, discriminatórias e que não respeitam os direitos humanos”.
Veja o vídeo:
Na ocasião em que o vídeo foi postado, a Mackenzie divulgou nota, informando sobre a suspensão preventiva do estudante e a abertura de um processo disciplinar. A nota também repudiava as opiniões e atitudes de Pedro Baleotti.
Os estudantes da Mackenzie protestaram, em massa, contra o racismo e exigiram a expulsão do bolsonarista (v. Mackenzie suspende aluno racista, que também perde estágio em escritório de advocacia).
Baleotti também aparece em um segundo vídeo, no interior de um apartamento, manuseando uma arma de fogo, dizendo: “Capitão levanta-te, hoje o povo brasileiro precisa de você”.
O escritório de advocacia em que o racista era estagiário anunciou a sua demissão.
No mesmo mês, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do DHPP indiciou Pedro Baleotii por crime racial.
A Polícia Civil informou que o estudante responderia pelas penas incluídas no artigo 20, parágrafo 2, da Lei do Crime Racial 7.716/89: “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza, estando sujeito a reclusão de dois a cinco anos e multa”.
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