Diz que deixar usurpadores das Malvinas tomar conta do que é argentino trará ‘investimentos’
Em mais uma manobra antinacional, o governo de Maurício Macri tirou reservas em ouro do Banco Central que equivalem a uma soma de 462 milhões de dólares e, com a esfarrapada justificativa de que é um ‘investimento’ para obter rentabilidade no mercado internacional, as enviará para Londres, fazendo com que a custódia fique em mãos da Inglaterra.
O transporte do ouro argentino já seria um escândalo de abdicação de soberania por si só e, é mais ainda, quando isso vai para um país que ocupa militarmente e de maneira ilegal e ilegítima parte do território argentino, as ilhas Malvinas.
Além disso, como vários setores políticos e sociais denunciam, agora o dinheiro corre o risco de ser embargado por fundos abutre e credores de dívidas duvidosas no mercado financeiro, que como se sabe são os protegidos nas arbitragens internacionais em detrimento dos países, particularmente aqueles que não estão entre os denominados ‘centrais’.
O ouro tinha sido adquirido em 2012 durante a presidência de Cristina Kirchner e na gestão de Mercedes Marcó Del Pont, no Banco Central. Na atualidade constituía um esteio de segurança frente à instabilidade financeira que o país vive. Del Pont assinalou que a medida põe em xeque a soberania econômica argentina.
E a forma de envio dos lingotes que custará US$ 140.000 é bizarra. O metal se transportará fisicamente em aviões transatlânticos em vôos regulares. Dada a magnitude da carga, se repartirão os lingotes em dois embarques de cerca de 5.000 quilos cada (umas 500 barras) que ocuparão um quarto da carga total que podem armazenar as aeronaves. Cada envío custará US$ 70.000.
SUSANA SANTOS