Coalizão de esquerda alcança 2ª maior bancada, extrema direita cresce e abstenção aumenta frente ao 1º turno
As primeiras projeções da votação para o Legislativo da França neste domingo (19) apontam que o presidente Emmanuel Macron deve perder a maioria absoluta na Assembleia Nacional e, nessa condição, pelo sistema eleitoral francês que é majoritário, terá que negociar com partidos que não são de sua coalizão para governar.
Pelos resultados provisórios divulgados às 20h (15h em Brasília), a aliança governista, Juntos! formada em torno do presidente conseguiu 224 cadeiras, contra 149 da Nova União Ecológica e Social Popular (Nupes), liderada por Jean-Luc Mélenchon. O pleito também mostra um avanço importante da extrema direita, com 89 cadeiras
48,7 milhões de franceses estavam habilitados a votar, mas a participação na eleição que acabou hoje às 17h00, hora local, teve pelas projeções uma participação de só 38,11 por cento.
A coalizão de Macron precisava eleger 289 dos 577 deputados para que o presidente possa implementar as reformas que pretende realizar para aplicar seu programa de cunho neoliberal, como o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 65 anos
A bancada da Nupes, a primeira frente de esquerda em 25 anos, que reúne esquerda, ambientalistas, comunistas e socialistas, deve crescer sua presença no Legislativo e também aumentará seu peso nas decisões políticas.